O presidente da Comissão de Ética da Câmara de Cuiabá, Toninho de Souza (PSD), informou que a denúncia feita pela servidora do Hospital São Benedito, Elisabete Maria de Almeida, não trará impacto ao processo de cassação, pois ela não apresentou nenhuma prova concreta.
Toninho e os demais membros da Comissão, vereadores Vinicius Hugueney (PP) e Ricardo Saad (PSDB) estiveram na manhã desta segunda-feira (03) na sede do Grupo de Atuação e Combate ao Crime Organizado para protocolar a documentação entregue por Juca do Guaraná. Tais documentos referem-se à denúncia - crime que foi protocolada na semana passada.
“O vereador Juca pediu que fosse anexado junto ao processo de cassação do vereador Abílio, a lista de presença da casa dele, imagens do circuito interno que registram a presença das pessoas dentro do Belvedere naquela data, mas isso não faz parte da investigação da Comissão de Ética. Assim como aconteceu no primeiro caso, trouxemos ao Gaeco como informação complementar da notícia-crime que trouxemos aqui. O Gaeco é quem fará as investigações”, pontuou.
Apesar de alegar que a denúncia da servidora não é alvo de apuração da Comissão de Ética, Toninho explicou que caso haja comprovação das denúncias as consequências serão pessoais e poderá ser feita uma representação junto à Comissão de Ética contra os envolvidos.
“Não foi para o bojo do processo por não ter haver uma coisa com a outra e não conter provas, mas caberá ao Gaeco fazer as investigações e analisar se realmente ela esteve presente na casa do Juca do Guaraná”.
A denúncia feita pela servidora em oitiva à Comissão de Ética tratam-se de um suposto esquema de compra de votos para cassação de Abilio. A negociação teria ocorrido em uma festa na casa do Juca do Guaraná (Avante), onde o prefeito Emanuel Pinheiro teria chegado com um envelope de dinheiro e oferecido R$ 50 mil e mais 20 cargos na Prefeitura para os vereadores que votassem para saída de Abílio da Câmara.
O social-cristão responde a processo de ética na Câmara por quebra de decoro. O autor da representação contra Abilio é o suplente de vereador Oséas Machado, que inclusive assumiria o cargo na vaga deixada pelo parlamentar. Consta contra Abilio, acusações como a registrada por Oséas em boletim de ocorrência, em 26 de setembro, ocasião em que o vereador teria invadido o Hospital São Benedito "agindo de forma arbitrária e coagindo funcionários da unidade". Além disso, o parlamentar teria mexido em computadores, armários, gavetas, sem autorização, e gravou vídeos de funcionários e pacientes. A representação traz ainda ofensas que teriam sido feitas por Abílio contra colegas. Até o fato de filmar as sessões para postar nas redes sociais foi colocado no processo.
O vereador relatou que terminará nesta quarta-feira (04), as oitivas do processo de cassação de Abílio que ganhou mais três dias para que as suas testemunhas fossem ouvidas. Após, o parlamentar terá 05 dias para fazer suas considerações finais e então o relator Ricardo Saad fará o relatório que será votado em Comissão e encaminhado ao presidente da Casa, Misael Galvão para que seja lido em Plenário e colocado em votação.
