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Notícias / Polícia

05/12/2019 às 09:51

Mulheres são resgatadas de trabalho escravo; só comiam arroz com soro de leite e eram abusadas

Ainda segundo a senhora M.S.S de 49 anos, ela possui um benefício social (BPC) de um salário mínimo, contudo, tal benefício era retido pela proprietária da fazenda

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Mulheres são resgatadas de trabalho escravo; só comiam arroz com soro de leite e eram abusadas

Foto: PMMT

Duas pessoas foram resgatadas de trabalho escravo em uma prorpeidade rural no município de Pontal do Araguaia (515 km distante de Cuiabá). As vítimas foram encontradas durante ação conjunta realizada por policiais militares do 5º Comando Regional em conjunto com os agentes do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS). 

O fato aconteceu na tarde de quarta-feira (04), por volta das 17 horas, quando os policiais militares foram acionados pelos agentes do CRAS, e se deslocaram até uma propriedade, nas proximidades do “Assentamento Brilhante”, a cerca de 10 km da cidade.

No local, os militares localizaram as vítimas M.S.S, 49, e  M.S.S de 48 anos, em péssimas condições.

As vítimas relataram que, não recebiam qualquer tipo de pagamento pelo trabalho prestado e que a única refeição que comiam, era arroz com soro de leite.

Ainda segundo a senhora M.S.S de 49 anos, ela possui um benefício social (BPC) de um salário mínimo, contudo,  tal benefício era retido pela proprietária da fazenda em sua totalidade.

M.S.S contou ainda, que foi abusada sexualmente pelo esposo da proprietária, que a agrediu fisicamente, usando um facão. 

Já o senhor M.S.S de 48 anos, conta que, rotineiramente sofrem maus tratos e agressões e que num momento de fome extrema, teriam matado uma galinha da propriedade para se alimentarem, porém ao serem descobertos foram agredidos com uma arma de fogo, por um dos filhos da proprietária da fazenda.

Segundo constatados pelos agentes do CRAS, a situação de higiene do local onde as vítimas ficavam eram péssimas, a equipe verificou ainda que, eles eram obrigados a fazerem suas necessidades fisiológicas no mato, além de não possuírem calçados e nenhum material de higiene pessoal.

Aos policiais, a proprietária da fazenda O.M.S de 80 anos e sua filha V.L.J.A de 58 anos, negaram as acusações, relatando que encontraram as vítimas em situação de vulnerabilidade e teriam trazido elas para trabalharem na fazenda, efetuando o pagamento de meio salário mínimo e oferecendo ainda, alimentação e moradia.

As suspeitas foram encaminhada para a Delegacia da Polícia Federal em Barra do Garças (509 km de Cuiabá), onde prestaram depoimento.

 
Com informações da Polícia Militar de Barra do Garças
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