O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) alegou estar sofrendo na ‘carne’ os malefícios de uma mentira com único intuito de atingir a sua imagem de gestor municipal. A declaração por meio de nota foi enviada à imprensa na madrugada deste sábado (07).
Pinheiro se posicionou após o Ministério Público do Estado, por meio do Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco), ter instaurado um inquérito civil para investigar as denúncias feitas na Delegacia Fazendária e a notícia-crime impetrada no Grupo de Atuação e Combate Contra o Crime Organizado (Gaeco), em que o prefeito e alguns vereadores são acusados de estarem envolvidos em compra de voto para cassar o vereador Abílio Brunini (PSC).
O emedebista ressaltou que a instauração do inquérito pelo órgão competente do MPE significa o início de uma investigação necessária, isenta e imparcial. “A apuração e elucidação dos fatos é objeto da denúncia que fiz junto à Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso. Estou sofrendo na carne os malefícios de uma mentira; uma injúria com único intuito de atingir minha imagem como prefeito de Cuiabá”.
Pinheiro disse que a investigação é o instrumento adequado para desmascarar ‘todo esse conluio’, apontar os seus verdadeiros autores e, principalmente, os indivíduos que ardilosamente contribuíram para a atitude criminosa da servidora do Hospital São Benedito Elizabete Maria de Almeida. Ela o acusou de ter comparecido a uma festa na casa do vereador Juca do Guaraná (Avante) com um envelope cheio de dinheiro para comprar votos dos vereadores para cassar Abílio.
“Por fim, me coloco à inteira disposição do Ministério Público na certeza de que a justiça será feita e os fatos devidamente esclarecidos”, destacou.
Entenda
Elizabete é uma testemunha arrolada por Oseas Machado – ex-diretor do Hospital São Benedito – no processo de cassação de Abílio que tramita na Câmara Municipal. Acontece que durante a oitiva, a servidora revelou que esteve em uma festa na casa de Juca do Guaraná quando por volta da meia-noite o prefeito compareceu com um envelope cheio de dinheiro.
Segundo ela, Pinheiro estaria bêbado e teria oferecido R$ 50 mil e mais 20 cargos comissionados para os vereadores que votassem pela cassação de Abílio. Eles estariam gritando ‘Viva Abílio’, como se fosse uma comemoração. A servidora inclusive registrou um boletim de ocorrências junto a Defaz afirmando ter provas do que estava relatando, no entanto, até hoje ela não as apresentou.
Em contrapartida, os vereadores que estavam na festa negaram a presença de Elizabete, da sua chefe e Oseas. Juca ainda apresentou vídeos e o registro da entrada de seu condomínio, o Belvedere, comprovando que ela não foi até sua casa.
Nesta semana, Juca foi além e apresentou vídeos do circuito interno do Hospital alegando que Abílio se encontrou um dia antes da oitiva com a servidora. Elizabete ainda seria da mesma igreja que o parlamentar que corre o risco de ser cassado nas próximas semanas.
