Desenvolvimento e preservação ambiental podem caminhar juntos, de acordo com autoridades brasileiras que defende o desenvolvimento agrícola aliado à sustentabilidade. A cada ano, é mais forte a ideia de que, ao contrário do que pensam os pessimistas, os empreendedores do campo buscam maneiras para salvaguardar a natureza e continuar levando alimento para as mesas dos brasileiros.
Recentemente, o deputado federal Arnaldo Jardim e o professor de direito ambiental do Centro Universitário Católico de Santa Catarina Leonardo Papp falaram sobre o tema no programa Direto ao Ponto, do Canal Rural.
O desmatamento ilegal zero foi o destaque das discussões. Para Jardim, o Brasil possui regras rígidas no que diz respeito a crimes cometidos contra o meio ambiente. “No Brasil, nós temos regras para proteger o meio ambiente e o maior interessado nisso é o produtor rural, que tem o compromisso para manter o solo, a biodiversidade. Nós demos, na Frente Parlamentar da Agropecuária, uma demonstração, de que nós não queremos desmatar nada que não esteja previsto na lei”, declarou.
O professor Leonardo Papp, do Centro Universitário Católico de Santa Catarina, corroborou o discurso do deputado federal e sustentou que desenvolvimento sustentável, equilíbrio ecológico, viabilidade econômica e justiça social estão na essência da legislação ambiental: “Um ambiente sustentável é você ter um ambiente que seja ecologicamente protegido, mas que ao mesmo tempo seja economicamente viável e socialmente justo”. A discussão, entretanto, ultrapassa a academia e o Congresso Nacional e chega ao mais alto escalão das esferas políticas.
Executivo
O próprio presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, vem rebatendo o discurso de que o desenvolvimento é contrário à proteção ambiental. Recentemente, Bolsonaro pediu à chanceler alemã, Angela Merkel, que utilizasse verba negada ao Brasil para “reflorestar a Alemanha”.
“Eu queria até mandar um recado para a senhora querida Angela Merkel, que suspendeu 80 milhões de reais para a Amazônia. Pegue essa grana e refloreste a Alemanha, ok? Lá está precisando muito mais do que aqui”, disse, em referência a uma verba alemã que seria enviada ao país para projetos de proteção à floresta amazônica.
O governo alemão havia explicado que o corte de recursos esteve relacionado ao aumento do desmatamento no país, o que gerou resposta imediata do mandatário brasileiro.
Felipe Homsi - Entender o Brasil
