O vereador Abílio Brunini (PSC) foi ouvido nesta sexta-feira (17) na Delegacia de Combate aos Crimes de Corrupção sobre a suposta propina paga por Emanuel Pinheiro (MDB) para a cassação do seu cargo na câmara municipal de Cuiabá.
O depoimento que durou cerca de duas horas foi dado ao delegado José Ricardo Garcia Bruno. Em entrevista, ele confirmou ter se encontrado com a servidora Elizabete Maria em um hotel da capital e negou que em segundo depoimento, a servidora tenha dito que ambos armaram a situação.
Após o depoimento – antecipado em virtude de uma viagem marcada para esse fim de semana, com retorno apenas no dia 4 de fevereiro – o vereador disse que vai entregar o seu celular à polícia e que pediu a quebra de sigilo das investigações. “Transparece para todo mundo. Eu não tenho vergonha do que está lá”, afirmou.
De acordo com ele, o encontro no hotel ocorreu para que ela esclarecesse os fatos. Informações que foram apresentadas ao delegado responsável pelo caso. Abílio também disse que teve acesso ao depoimento da servidora e negou que ela teria dito que houve armação em um segundo depoimento. “Ela não falou que eu a procurei para afirmar alguma coisa. Não existe esse documento onde ela fala que o vereador fez esquema ou fez armação”, assegurou.
Contudo, pessoas próximas a Elizabete nega que ela teria prestado um segundo depoimento à polícia.
O fato novo, segundo o vereador, foi ela ter alegado que quem estava na festa era a sua chefe e não ela. Abílio, por sua vez, afirmou que “não cabe a mim dizer se ela esteve ou não, se a chefe dela esteve ou não. Cabe a eles (polícia) descobrir se esteve”.