Os eleitores mato-grossenses terão que ir duas vezes às urnas este ano. Além da eleição municipal que já está planejada, um novo pleito ao Senado será realizado no dia 26 de abril para preencher a vaga deixada pela ex-juíza Selma Arruda (Podemos) cassada por caixa 2 e abuso de poder econômico. A ideia de mais uma disputa movimentou os políticos e já são cerca de 30 nomes na pré-campanha.
A movimentação está intensa e parece que todos resolveram colocar o nome para ‘jogo’ neste pleito suplementar fora de época e que custará cerca de R$ 11 milhões à Justiça Eleitoral. Apesar da agitação neste período, tudo deve ser afunilado até dia 12 de março, data final para que os partidos realizem convenção e defina os nomes dos candidatos.
Apesar desse inchaço de nomes, a expectativa de que a disputa tenha de 6 a 8 nomes. Alguns devem instituir na candidatura com foco na eleição municipal marcada para outubro. A ideia é se promover com a campanha e garantir mais visibilidade para o pleito de vereador ou prefeito.
Alguns partidos já têm mais de um nome e ainda devem passar pela disputa interna para definir. Além disso, há também uma briga em alguns setores ou correntes política para se viabilizarem. Há aqueles que tentam se viabilizar com apoio do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para tentar aproveitar ainda a onda bolsonaristas. São eles os deputados federais José Medeiros (Podemos) e Nelson Barbudo (PSL) e ainda o ex-deputado Victório Galli (Patriota).
O DEM que já tem o senador Jayme Campos pretende eleger mais parlamentar pelo partido e já tem os nomes dos ex-deputados federais Júlio Campos e Fábio Garcia, fala-se ainda do presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho, além do deputado estadual Dilmar Dal Bosco.
Apesar de o DEM ser o partido do governador Mauro Mendes (DEM), não quer dizer que qualquer um desses nomes vá ter o apoio do chefe do Executivo, isto porque, o democrata já disse alguns vezes que não vê motivo para mudar o apoio a Carlos Fávaro (PSD), que ainda briga para tentar assumir temporariamente a vaga de Selma até realização de eleição. Fávaro estava na coligação de Mendes em 2018 e é representante do governo em Brasília.
Por outro lado, o vice-governador Otaviano Pivetta (PDT) também tentar se articular, o que dificulta ainda mais a escolha de Mendes para este pleito. E ainda dentro do PDT outro nome surgiu como representante do agronegócio, o presidente da Associação de Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso, Antonio Galvan. A sigla pedetista agora tenta resolver essa situação.
E falando em agronegócio, este é outro setor que vai ter que conversar muito para entrar em consenso para definir quem apoiar. Além de Galvan, Fávaro também é do meio, além deles, ainda tem Nilson Leitão (PSDB), que disputou e perdeu em 2018.
A ala da esquerda também está na briga e uma candidata que está bem cotada é a ex-reitora da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Maria Lucia Cavalli Neder, do PC do B, e teve 170 mil votos. O PT também não deve ficar de fora e deve lançar um nome, dentre eles, estão os deputados Lúdio Cabral e Valdir Barranco, e ainda do ex-deputado Carlos Abicalil. O Psol ainda não se manifestou, mas é possível que lance candidato. No entanto, já descartaram o nome do Procurador Mauro.
O Pros que prefere se classificar como partido de esquerda, apesar de bandeiras mais sociais e alinhamento político com a esquerda, tem como principal nome para a disputa a da superintendente do Procon-MT, Gisela Simona. O PL, partido do senador Wellington Fagundes, também está na disputa com o presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), Neurilan Fraga, que até deixou o PSD para poder disputar a vaga para o Senado.
O PSC tem dois pré-candidatos: o vereador Abílio Brunini, que ainda aguarda o resultado do processo de cassação na Câmara de Cuiabá, e o ex-bbb e médico Marcos Härter que anunciou semana passada seu nome para a disputa.
Outro vereador que já anunciou que deve disputar a eleição é Juca do Guaraná pelo Avante e tem buscado apoio de outros parlamentares da capital para sair como um candidato da Câmara Municipal. E no Legislativo cuiabano mais um nome surgiu que é do vereador Mário Nadaf pelo PV, no entanto, o partido em reunião da executiva colocou mais dois possíveis nomes: o do secretário municipal José Roberto Stopa e do deputado Faissal Calil.
Pelo PP, o deputado federal Neri Geller disputa espaço com a representante dos empresários do Distrito Industrial, Margareth Buzetti. Outro figurão da política que entrou na disputa é do deputado federal Carlos Bezerra (MDB) que já admitiu a possibilidade de disputar a eleição ao Senado. Pelo DC, o deputado Elizeu Nascimento tenta se viabilizar também. Já pelo Novo, o advogado criminalista Waldir Caldas pretende disputar novamente a vaga ao Senado. O Solidariedade recebeu orientação da direção nacional para entrar na briga, o nome mais cotado é do deputado federal dr. Leonardo.
Confira a lista de pré-candidatos
- Júlio Campos (DEM)
- Fabio Garcia (DEM)
- Eduardo Botelho (DEM)
- Dilmar Dal Bosco (DEM)
- Otaviano Pivetta (PDT)
- Antonio Galvan (PDT)
- José Medeiros (Podemos)
- Nelson Barbudo (PSL)
- Silvio Fávero (PSL)
- Victório Galli (Patriota)
- Neri Geller (PP)
- Margareth Buzetti (PP)
- Lúdio Cabral (PT)
- Valdir Barranco (PT)
- Carlos Abicalil (PT)
- Maria Lucia Cavalli (PC do B)
- Abílio Brunini (PSC)
- Marcos Härter (PSC)
- Mario Nadaf (PV)
- José Roberto Stopa (PV)
- Faissal Calil (PV)
- Juca do Guaraná (Avante)
- Gisela Simona (Pros)
- Neurilan Fraga (PL)
- Elizeu Nascimento (DC)
- Nilson Leitão (PSDB)
- Carlos Bezerra (MDB)
- Waldir Caldas (Novo)
- Victório Galli (Patriota)
- Dr. Leonardo (SD)
