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29/01/2020 às 09:35

Estado assume responsabilidade de asfaltar BR-174

O trecho não asfaltado abrange o Vale do Juruena e serve de escoamento das produções agrícola, pecuária e madeireira e também é o principal trajeto de ônibus, ambulâncias e veículos de passeio.

Edyeverson Hilario

Estado assume responsabilidade de asfaltar BR-174

Foto: Luiz Henrique

As obras de pavimentação da BR-174 serão executadas pelo governo do Estado. O governador Mauro Mendes (DEM) decidiu, nessa terça-feira (28), manter o convênio firmado com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit), em 2013. A decisão foi tomada após uma reunião com os senadores mato-grossenses e donos das empresas que devem tocar a construção.
 
Os senadores Wellington Fagundes (PL) e Jayme Campos (DEM) vieram a Cuiabá para discutir com o chefe do Executivo se o governo manteria o Convênio TT-143, firmado pelo então governante, Silval Barbosa. O termo de compromisso passou para o Estado a responsabilidade de realizar estudos ambientais, projetos de engenharia e a execução da obra de pavimentação, restando ao Dnit apenas o dever de fazer a manutenção da estrada.
 
Esse trecho não asfaltado também é conhecido como Vale do Juruena. Liga os municípios de Juína, Colniza, Aripuanã, Brasnorte, Castanheira, Cotriguaçu e Juruena, sendo que os 173km de estrada entre Castanheira e Aripuanã são os mais problemáticos.
 
A continuidade do convênio “renova as expectativas de que tudo dê certo em um espaço de tempo menor, uma vez que, os projetos já estão prontos e serão entregues para o Dnit avaliar”, afirmou o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Pesada do Estado (Sincop-MT), José Alexandre Schutze, que representa os construtores de rodovias, aeroportos e pontes.
 
Shutze disse que se o estado não desse continuidade ao convênio, “voltaria à estaca zero. Aí, sabe lá quando essas coisas iriam acontecer”. Segundo ele, dessa forma a rodovia se torna prioridade do governo estadual, não deixando os mato-grossenses na dúvida de “qual seria a prioridade do Dnit no Brasil inteiro”.
 
Concluído o projeto, a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra) o encaminhará para o Dnit, para ser avaliado. Assim que aprovado, os contratos com as construtoras serão regularizados.
 
Contudo, ainda serão necessários pareceres favoráveis da Fundação Nacional do Índio (Funai) e da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), que avaliará o estudo de componente indígena e o levantamento ambiental, respectivamente. Sem a aprovação dos órgãos, a obra não poderá ser iniciada.
 
Dessa forma, “a realização das obras de pavimentação agora passa a depender do empenho do governo estadual. Cabe a Sinfra concluir os projetos”, disse o senador Wellington Fagundes (PL). Apesar da afirmação, Fagundes ponderou que “os componentes indígenas que dificultam”.
 
No entanto, afirmou que “já foi depositado [recursos] em uma conta específica para os índios. Atendendo as exigências dos componentes indígenas. Com isso, eles autorizaram entrar na área para fazer os projetos que, já estão em vias de ser aprovados”.
 
Ainda lembrou que a pavimentação da via foi licitada em seis lotes. Sendo que apenas dois deles não obtiveram empresas interessadas em construir o trecho.
 
Também conhecida como “Manaus-Boa Vista”, ela interliga Mato Grosso, Rondônia, Amazonas e Roraima. É a principal rota de quem trafega pelo noroeste do estado. Serve para o escoamento das produções agrícola, pecuária e madeireira e também é o principal trajeto de ônibus, ambulâncias e veículos de passeio.
 
Apesar da sua importância, no período da chuva se torna intransitável em vários trechos. É comum vermos fotos e vídeos de vários caminhões atolados e filas quilométricas nesse período do ano.
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