A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que garantiu a posse do ex-vice-governador Carlos Fávaro (PSD) como senador não agradou a algumas lideranças de Mato Grosso. O deputado estadual Dilmar Dal’Bosco (DEM), líder do Governo na Assembleia Legislativa, criticou o despacho proferido pelo ministro Dias Toffoli, que determinou que o socialdemocrata assuma imediatamente uma cadeira no Senado de forma interina.
“Acho estranho demais. Nunca tinha visto isso. Nem na legislação é permitido isso. Quando se define pela cassação e se cassa toda chapa, vejo que tem que ter uma eleição suplementar. Se está havendo uma suplementar não tem, de maneira alguma, que colocar o terceiro lugar da eleição anterior para ocupar a vaga”, afirmou o parlamentar.
O democrata vai ainda mais além e critica a postura do governador Mauro Mendes (DEM) que, por meio da Procuradoria Geral do Estado (PGE), protocolou a ação na Corte Suprema visando à posse de Fávaro. “Eu discordo da ação. Até porque já haverá uma eleição suplementar. Tem que ser respeitada a decisão do TSE”, pontuou.
A liminar foi concedida na última sexta-feira (31), atendendo duas Arguições de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPFs) protocoladas tanto pelo partido de Fávaro e também pelo Governo do Estado.
O argumento foi de que Mato Grosso poderia sair prejudicado com a falta de um representante do Estado no Congresso, uma vez que ficaria com dois senadores enquanto os outros estados permaneceriam com três. Vale lembrar que, na última semana Dilmar se colocou como um dos pré-candidatos à eleição suplementar que ocorrerá em 26 de abril.
