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Notícias / Judiciário

04/02/2020 às 12:06

Promotora que desviou quase R$ 1 milhão de acordos é denunciada pelo MP

Em nome do Ministério Público, ela teria destinado valores para projetos que não existiam

Camilla Zeni

Promotora que desviou quase R$ 1 milhão de acordos é denunciada pelo MP

Foto: Assessoria/MPMT

O Ministério Público de Mato Grosso (MP) denunciou a promotora de Justiça Solange Linhares Barbosa, que atuava em Chapada dos Guimarães (70 km de Cuiabá), por um desvio de quase R$ 1 milhão.

A denúncia foi assinada pelo procurador-geral de Justiça, José Antônio Borges, e pelo coordenador do Núcleo de Ações de Competências Originárias (Naco Criminal), Domingos Sávio de Barros Arruda, em janeiro.

Conforme o documento, os desvios começaram em março de 2017, e foram registrados em pelo menos 13 termos de ajustamento de conduta firmados por ela, como representante do MP. 

O órgão registrou que os termos eram sempre referentes a temas ambientais e previam que o depósito de valores em contas de três entidades nas quais ela e outros cúmplices tinham acesso.

Ao todo, o prejuízo total foi calculado em R$ 985.785,75.

O Ministério Público também destacou que Solange destinava os valores à projetos que, supostamente, seriam de interesse do Ministério Público. No entanto, eles existiriam "apenas na imaginação dela".

"Tratou-se, tão somente, de uma 'fantasia' criada por Solange Barbosa para tentar 'justificar' o aporte de recursos dos TACs para aquelas entidades e, a partir daí, utilizá-los, em proveito próprio e/ou alheio, sempre conforme seus interesses e das mais variadas formas", escreveu o MP.

De acordo com o órgão, a promotora tem simpatia pelos povos indígenas e teria beneficiado comunidades, por interesse próprio. 

Ela teria usado os valores desviados para contratar serviços como a manutenção de equipamentos agrícolas em uma aldeia e construção de oca em outra.

Diante dos fatos, o MP pediu a condenação da promotora por peculato, praticado 13 vezes. 

Os comparsas também foram denunciados, sendo eles Jean da Rosa Nunes e Wellington Miranda Passos. Eles devem responder por desvio de recursos públicos, praticados sete e oito vezes.
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