Selma Arruda (Podemos) foi eleita com o slogan de ‘senadora do Bolsonaro’, no entanto, menos de um ano de mandato acabou tendo problema com a família e trocando de partido. Apesar das divergências, a parlamentar elogia a gestão do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), porém, critica a relação com o Legislativo. Ainda na tentativa de defender as ações do governo, credita o problema ao presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia (DEM).
“Este é governo muito bom. Saímos de uma crise para a expectativa de 2020 ser um ano de melhora, de progressão nas reformas que tem de ser votada. (...) Já a relação com o Legislativo acabou tendo algumas questões que não concordamos, emendas em troca de reformas, por exemplo. Não aceitei e não recebi dinheiro de emendas, até porque votei a favor do governo. Essas coisas têm que mudar um pouco. Mas isto é coisa do Rodrigo Maia, ele é uma pessoa da velha forma de fazer política. Eles impõem e ai ou faz ou não governa”, afirmou em entrevista ao Leiagora.
Selma destacou ainda que o governo é lastreado pela segurança dada pelos ministros Sérgio Moro (Justiça), Paulo Guedes (Economia), Tereza Cristina (Agricultura), que são técnicos e fazem a diferença.
Sobre a ida para o Podemos, Selma ressaltou que a escolha pela sigla se deu pela proximidade com Álvaro Dias e pela conduta dos demais senadores da legenda. Além disso, ela conta que foi obrigada a sair do PSL, porque queriam me obrigar retirar a assinatura da CPI da Lava Toga. “Não se tratou de ameaças. Foram alguns palavrões que eu ouvi do Flavio Bolsonaro, que me recusei a continuar ouvindo. Isto fez com que houvesse um rompimento do Flávio e sua família com os senadores do PSL”, comentou.
Selma terminou 2019 cassada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por caixa 2 e abuso de poder econômico. Ela retornou ao Senado nesta semana e agora aguarda o trâmite do processo no Legislativo e, enquanto isso, recorre na Justiça na tentativa de se manter no cargo.
Confira a íntegra da entrevista
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