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06/02/2020 às 09:16

Vereadores são ouvidos em delegacia por suposta armação; Emanuel já está intimado

Na última semana, três vereadores foram ouvidos pelo delegado José Ricardo Garcia Bruno, responsável pelo inquérito.

Alline Marques

Vereadores são ouvidos em delegacia por suposta armação; Emanuel já está intimado

Foto: Reprodução

A Delegacia Fazendária (Defaz) está colhendo o depoimento dos envolvidos no caso sobre a suposta armação contra o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), denunciada pela servidora da Saúde municipal Elizabete Maria de Almeida. Na última semana, três vereadores foram ouvidos pelo delegado José Ricardo Garcia Bruno, responsável pelo inquérito.

Trata-se de Juca do Guaraná (Avante), Ricardo Saad (PSDB) e Chico 2000 (PR). Além disso, o chefe do Executivo Municipal já foi intimado para prestar esclarecimentos sobre o fato. O emedebista deve comparecer à Defaz a partir do dia 10.

No início deste ano, a servidora pública prestou depoimento junto à Delegacia de Combate aos Crimes de Corrupção (Deccor), onde denunciou uma suposta “armação” articulada pelo vereador Abílio Junior (PSC) contra o prefeito. 

Inicialmente, a funcionária pública havia acusado o chefe do Executivo Municipal de subornar diversos vereadores, em especial os integrantes da Comissão e Decoro Parlamentar do Legislativo, durante uma festa realizada na residência do vereador Juca do Guaraná.

A intenção, segundo ela, era cassar o mandato de Abílio. Elizabeth chegou a dizer, inclusive, que presenciou o pagamento de propina aos parlamentares, e teria provas do ato criminoso. A acusação foi feita durante depoimento prestado por Elizabeth na própria Comissão de Ética, na qual foi arrolada como testemunha de acusação pelo denunciante, o suplente de vereador Oseas Machado (PSC).

Diante dos fatos narrados pela servidora, o tema foi levado ao Ministério Público Estadual e a Delegacia Fazendária (Defaz) pelos próprios membros da Comissão, o que deu origem ao inquérito.

No entanto, depois a servidora voltou atrás e disse que na verdade a armação foi feita por Abílio, quer teria inclusive a levado para um hotel na noite antes de ir à delegacia registrar boletim de ocorrência contra os vereadores e Emanuel. No entanto, o parlamentar desmentiu, disse que apenas a levou para o hotel para protegê-la. Ele já prestou depoimento na 

Processo de cassação

O relatório referente ao processo de cassação do vereador Abílio Junior já está finalizado pronto para ser apresentado pelo relator, vereador Ricardo Saad (PSDB).

O tucano aguarda apenas o retorno das atividades parlamentares, o que deveria ter ocorrido nesta semana. Contudo, por conta de uma reforma que está sendo feita pela Mesa Diretora no plenário da Casa de Leis, o início dos trabalhos legislativos ficou pra a próxima semana.

O relatório deve, primeiramente, passar pelo crivo dos membros da Comissão de ética e Decoro Parlamentar da Casa de Leis. Após isso, ele é encaminhado à presidência do Legislativo Cuiabano, que o remeterá para análise da Comissão de Constituição, Justiça e Redação, que fará uma análise técnica e emitirá um parecer.

Somente após passar por esses tramites é que o relatório será remetido para o crivo do plenário.

Acusação

A representação que deu origem ao processo de cassação de Abílio foi protocolada na Câmara de Cuiabá pelo ex-vereador Oséas Machado, que atualmente responde pela diretoria do Hospital São Benedito. 

Ao longo do documento, Oséas apontou uma série de situações que Abílio protagonizou desde que assumiu o cargo de vereador, em janeiro de 2017. 

Para o autor da representação, em muitas ocasiões o parlamentar age com gracejos e debochando de seus colegas na Casa. Entre os episódios citados pelo ex-vereador, está uma “fiscalização” promovida pelo parlamentar no Hospital São Benedito.
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