Representante de Mato Grosso no Congresso Nacional, a deputada federal Rosa Neide (PT) foi uma das parlamentares que denunciaram o ministro da Educação, Abraham Weintraub, por crime de responsabilidade.
Na semana passada, cerca de 20 parlamentares enviaram ao Supremo Tribunal Federal uma denúncia na qual pediam a saída de Weintraub do governo.
Em entrevista à Rádio Capital FM, nesta segunda-feira (10), Rosa Neide citou que foi encontrada uma quantia volumosa de recursos nas contas do MEC, que não foram repassados pelo ministro Weintraub.
Em 2019 foi disponibilizado R$ 1 bilhão de recursos recuperados pela Operação Lava Jato. O valor deveria ter sido empenhado pelo MEC, mas não foi.
Conforme a parlamentar, o dinheiro seria descentralizado e deveria ser disponibilizado para projetos de creches e escolas municipais. No entanto, por falta de projeto, o valor não foi aplicado.
Rosa Neide também citou mudanças no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e as inconsistências na prova de 2019. Tanto o Inep, responsável pela prova, quanto o MEC teriam sido convocados à Câmara para prestar esclarecimentos.
Denúncia
A ação foi encabeçada pelos deputados federais Tábata Amaral (PDT-SP) e Felipe Rigoni (PSB-ES). Eles foram, respectivamente, coordenadora e o relator da comissão externa que apontou falhas nas políticas públicas geridas pelo MEC.
A denúncia encaminhada ao STF foi dividida em dois eixos: um focando em infrações político-administrativas e o outro relacionada à quebra de decoro.
É que, além de ter agido de forma contrária aos princípios da eficiência, da transparência e da impessoalidade, o ministro também faltou com respeito com parlamentares e teria até mesmo xingado cidadãos nas redes sociais.