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Notícias / Política

11/02/2020 às 12:00

Para compor base de Mauro, Wilson fez reivindicações e pediu negociações sobre o Cota Zero

União entre os políticos, antes rivais, foi oficializada na segunda-feira

Camilla Zeni

Para compor base de Mauro, Wilson fez reivindicações e pediu negociações sobre o Cota Zero

Foto: Ronaldo Mazza

A mudança do deputado estadual Wilson Santos (PSDB) para a base do governo não vai sair “de graça” para o chefe do Executivo, Mauro Mendes (DEM).

Segundo o deputado, algumas exigências foram feitas e devem ser atendidas por Mauro. A informação foi repassada durante a oficialização da união política, na noite de segunda-feira (10), no Palácio Paiaguás.

Antes de comunicar o que pediu em troca do seu apoio, Wilson já afastou especulações: afirmou que não vai assumir a liderança do governo na Assembleia, hoje feita pelo deputado Dilmar Dal’Bosco (DEM); também garantiu que não pediu a indicação do governador para assumir cadeira no Tribunal de Contas do Estado, assim como não pediu nenhuma secretaria do Estado.

Vale lembrar que, durante o governo anterior, do Pedro Taques (PSDB), Wilson deixou a Assembleia para assumir a secretaria de Cidades, hoje incorporada na Secretaria de Infraestrutura e Logística, sob comando de Marcelo de Oliveira.

Mas pediu o que?
“Foram pedidos republicanos”, avisou o governador Mauro Mendes.

Segundo o deputado, na lista de reivindicações estão a implantação de um campus da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) em Cuiabá e de um centro de diagnóstico para crianças e adolescentes com suspeitas de transtornos como dislexia e autismo, e síndrome de down.

Esse centro de diagnóstico, segundo Wilson Santos, deve ser implantado ainda em 2020, conforme acordado com o governador. Já a criação da Unemat não tem prazo para sair do papel.

Wilson Santos também pediu asfaltamento para duas comunidades: na região da agrovila das Palmeiras, na BR-364, e na comunidade de Santo Antônio da Fartura.

De forma “especial”, o deputado pediu a determinação de Mauro para a conclusão do Rodoanel, “uma obra que sonhei para Cuiabá”, ele disse. 

A obra, que prevê a construção de uma rodovia de 52 km, contornando Cuiabá e Várzea Grande, está paralisada desde 2010, quando cerca de 10% da obra chegou a ser executada. O motivo da paralisação foi a suspeita de irregularidades no processo licitatório, feito em 2005.

Outras tentativas de licitação chegaram a ser feitas, mas todas acabaram suspensas. O projeto também recebeu R$ 540 milhões em recursos do governo federal, a fundo perdido. A expectativa é de que uma nova licitação seja publicada até o meio do ano. 

Por fim, segundo Wilson, ele também cobrou que o governador abra as negociações em relação ao projeto Cota Zero, que prevê a proibição do transporte e da pesca em Mato Grosso, pelos próximos cinco anos. 

O projeto de lei chegou a ser encaminhado para a Assembleia Legislativa, mas aguarda a realização de um estudo sobre o tema para ter andamento.

Em entrevistas recentes, o presidente da Casa, deputado Eduardo Botelho (DEM), afirmou que não vê a possibilidade do texto entrar em discussão neste primeiro mês de trabalho. 

Na avaliação de Botelho, o projeto, que é polêmico, deve enfrentar embates na Casa e ser apreciado daqui a alguns meses, após o resultado do estudo.
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