Presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Paletó, que investiga o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), o vereador Marcelo Bussiki (PSB) rebateu as declarações do chefe do Executivo e alegou que ele estaria tentando "mudar o foco" dos debates.
É que, na manhã dessa quarta-feira (19), Emanuel comentou, durante o lançamento de uma obra, que Bussiki teria sido visto em um centro de macumba, amarrando seu nome "na boca do sapo". O prefeito também alegou que o vereador, que compõe a oposição na Câmara de Cuiabá, seria um fiel torcedor contrário às suas iniciativas.
No entanto, na mesma manhã, Marcelo Bussiki ouvia na CPI do Paletó o ex-chefe de gabinete na gestão Silval Barbosa, Silvio César Corrêa. Ele foi o responsável por filmar diversos políticos recebendo suposto dinheiro de propina, entre eles Emanuel Pinheiro, quando era deputado estadual. Por isso, aliás, a CPI foi aberta na Câmara Municipal, em 2018.
"CPI do Paletó começou, Silvio veio na Câmara Municipal e confirmou: é propina mesmo. Só que o prefeito quer tirar o foco da CPI do Paletó e começa a inventar histórias. Um verdadeiro contador de história é Emanuel Pinheiro", alegou Marcelo Bussiki nas redes sociais.
No vídeo, ele também tentou esclarecer sobre o assunto que gerou toda a discussão: um polêmico empréstimo dolarizado de R$ 500 milhões que a Prefeitura de Cuiabá tenta firmar.
O prefeito, durante a entrevista na manhã, reconheceu que os trâmites são burocráticos. Contudo, alegou que os vereadores da oposição estariam "trabalhando" para impedir que o empréstimo acontecesse.
Já Marcelo Bussiki, que também é auditor fiscal do Tribunal de Contas, argumentou que a negociação não anda porque Cuiabá foi rebaixada pelo Tesouro Nacional para a nota "C". Assim, perdeu o selo de "bom pagador" e não consegue mais, com facilidade, que a União avalise os empréstimos pretendidos. Essa mudança aconteceu em 2019, depois que a prefeitura já tinha recebido um alerta pelo Tesouro Nacional.
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