Uma semana após ter a homologação definida pelo Tribunal de Justiça, o ex-deputado estadual José Riva paga a primeira parcela do acordo de colaboração premiada firmado com o Ministério Público Estadual (MPE). Foi transferido aos cofres públicos pelo ex-parlamentar a quantia de R$ 15 milhões.
O repasse foi feito por meio de dois depósitos, sendo um de R$ 14,1 milhões e outro de R$ 900 mil, ambos realizados em 28 de fevereiro, conforme estabelecido no acordo.
No total, a delação premiada prevê a devolução de R$ 92 milhões. O montante deverá ser quitado em oito parcelas que poderá ser pagas com dinheiro ou qualquer outro tipo de bem móvel ou imóvel. A próxima parcela vence em fevereiro de 2021, também no valor de R$ 15 milhões.
Diante disso, Riva recebeu autorização para sair da Capital de Mato Grosso, onde ele reside com a família. A medida visa garantir o ressarcimento dos valores a serem pagos pelo ex-parlamentar. Ele poderá viajar para três cidades do interior do Estado, e ainda outros Estados para alienar imóveis bloqueados.
As negociações entre o ex-parlamentar e o Ministério Público se iniciaram em 2017 e foram concluídas em dezembro do ano passado. Todo o processo foi conduzido pela coordenadora do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), Ana Cristina Bardusco.
Na delação, Riva teria acusado 38 ex-deputados estaduais de ter recebido uma espécie de mensalinho para apoiar o Governo do Estado nas gestões de Dante de Oliveira, Blairo Maggi e Silval Barbosa. O valor total do esquema, segundo Riva, teria chegado a R$ 175,7 milhões.