O vereador Abílio Junior (PSC) colocou em suspeição o Ministério Público e o Poder Judiciário de Mato Grosso devido a demora na conclusão da investigação contra o prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro (MDB). Segundo ele, autoridades estariam envolvidas num "esquema corrupto".
Emanuel foi gravado recebendo maços de dinheiro das mãos de Silvio César Corrêa, ex-chefe de gabinete do ex-governador Silval Barbosa (MDB). Em depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) aberta na Câmara, Silvio afirmou que o dinheiro era propina.
“Tem juiz envolvido no processo. Esse GW 100. É processo político de esquema corrupto que envolve o Ministério Público e Judiciário, como o próprio Silval disse", alegou à imprensa nesta quinta-feira (5).
"Silval Barbosa deixou claro que não roubou sozinho, Riva não roubou sozinho. O Tribunal de Contas tem cinco conselheiros afastados, no Judiciário, juízes e desembargadores respondendo por processo de corrupção, e o prefeito com esse vídeo, o judiciário não julga, o MP não anda com o processo”, completou.
Abílio está prestes a ter o seu mandato cassado por quebra de decoro parlamentar. A sessão extraoridinária para analisar o caso foi marcada para sexta-feira (6).
O parlamentar associa sua cassação à atuação da CPI que investiga Emanuel. Ela é conhecida como CPI do Paletó, numa referência à cena do prefeito colocando dinheiro nos bolsos do paletó e deixando alguns maços cairem.
“O conforto do Emanuel é que ele vai cassar meu mandato, dar a segurança aos vereadores de que eu não vou disputar eleição. Volta o Oséas, representando a Prefeitura. E o esquema de corrupção que denunciamos? Correndo risco de anular processos da CPI da Saúde, podendo voltar muitos monstros. A Câmara recebe o título que ela merece”, completou.
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