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22/03/2020 às 17:08

Noiva conta drama de adiar casamento e empresários do ramo relatam dificuldades

Os casamentos estão sendo adiando até por uma questão de segurança atendendo as recomendações do governo em evitar aglomeração para conter o coronavírus

Luzia Araújo

Noiva conta drama de adiar casamento e empresários do ramo relatam dificuldades

Foto: Arquivo pessoal

O sonho de subir no altar para selar a união teve que ser adiado para muitos casais cuiabanos com a confirmação da presença do Coronavírus no Brasil, em especial em Mato Grosso. O medo de contrair o Covid -19 e para seguir as medidas de prevenção a propagação da doença, gerou uma correria dos noivos às empresas do ramo, que tiveram que se reorganizar para os casamentos previstos para nos próximos meses.

Esse foi o caso da empresária, Thamires Rodrigues, de 32 anos, que iria se casar no dia 25 de Abril e teve que mudar a data da cerimônia para 1º de agosto, única data disponível na igreja que sempre desejou entrar vestida de noiva.

Ela se prepara para se casar com o seu primeiro namorado, com quem vive uma verdadeira história de amor há 15 anos. O casal sempre sonhou com o casamento e em realizar uma festa bonita para selar a união, com a presença de amigos e familiares, mas somente no ano passado eles tiveram condições financeiras para começar a pagar as despesas da festa.

Já estava tudo pronto. Os convites tinham sido entregues. A decoração, buffet e foto estavam tudo fechado e a empresária e o noivo apenas aguardavam o dia das fotos do pré-wedding (fotos feitas antes do casamento e em cenários que identifiquem os noivos) para de fato se casarem.  

Mas o anúncio do Coronavírus, fez com que  Thamires e o noivo adiasse a cerimônia, pensando no bem-estar da família e dos amigos que eles tanto amam. “Tenho esperança que tudo isso vai passar, mas não até o dia que seria o casamento. Acho que lá, essa crise vai estar no auge, por isso resolvemos mudar a data”, disse a empresária.

A jovem relatou que a maior dificuldade para reorganizar o casamento foi encontrar uma nova data que coincidisse com todos os serviços que a festa exige. Thamires classificou o momento como “stress total”.  “Chorei muito, porque um pessoal me ligava para marcar um dia, mas o outro não podia. Ontem, me bateu um desespero, mas, Graças a Deus, tudo se encaixou. Não foi a data que escolhi, mas tivemos que mudar por uma questão de segurança”.

A empresária do ramo de decoração para casamentos, Letícia Gomes, disse que praticamente todos os casamentos que estava organizando foram adiados. Ela tinha oito cerimônias para decorar no próximo mês, mas sete foram remarcadas.  

Segundo a empresária, os clientes que mais se preocuparam em mudar a data foram os noivos que teriam convidados de outro estado. “Ligamos para os clientes informando a decisão que o governador tomou de suspender os eventos.  Aí foi um pânico geral, mas alguns noivos se mostraram resistentes ainda. Só que, quando anunciou na televisão choveu e-mail, ligações e mensagens” relatou Letícia.

Para a empresária, a crise já está refletindo no caixa da empresa. “Os clientes estão com medo de fechar o serviço e até financeiramente já estamos prejudicados, com a falta de pagamentos, porque os noivos que mudaram as datas pagam pelo serviço no mês da festa. Ficou tudo complicado. Desejo que isso se revolva logo, mas acho que se o Governo e a população não tomar atitudes drásticas, como foi em outros países, isso não vai acabar rápido”.

O proprietário de buffet, Edinaldo Pereira Neves, está há 15 anos no mercado e nunca enfrentou uma crise como essa, gerada pelo Covid-19. Assim como Letícia, o empresário teve todos os eventos programados para o mês de abril remarcados, sendo que um ficou agendado para 2021. Ele estava com 12 festas marcadas para o próximo mês. Para Edinaldo, o momento gera muita preocupação para o setor.

“Estamos muito preocupados, porque temos colaboradores, que inclui equipe de garçom e cozinha, e a crise afeta todo mundo. Acabou que esse grande número de adiamentos gerou um efeito dominó, atingido todo mundo. O momento agora é aguardar, porque neste quadro não podemos fazer nada. Ela se tornou uma crise mundial e além disso existe o cuidado da saúde pública, que deve ser mantida”, ressaltou o empresário.
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