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25/03/2020 às 16:47

Confederação Nacional da Indústria pede estratégia nacional para comércio exterior

Entidade lançou documento com 109 sugestões na área internacional

Leiagora

Confederação Nacional da Indústria pede estratégia nacional para comércio exterior

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Com o diagnóstico de que o estímulo à capacidade de exportação da indústria é essencial para a recuperação da economia brasileira, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) pediu que o governo elabore uma estratégia nacional para o comércio exterior. Segundo a entidade, as vendas externas são um dos poucos motores para a retomada do crescimento que restará após o fim da pandemia provocada pelo novo coronavírus covid-19).

A sugestão consta da 5ª edição da Agência Internacional da Indústria, lançada hoje (25) pela CNI. O documento lista 109 sugestões de ações para o governo e a própria entidade, distribuídas em quatro eixos: política comercial, serviços de apoio à internacionalização, ações em mercados estratégicos e cooperação internacional.

Elaborado com base em consultas ao setor privado brasileiro nos últimos meses do ano passado, o documento citava como desafios para o comércio exterior brasileiro a crise na Argentina, nosso terceiro maior parceiro comercial e principal destino das exportações industriais brasileiras, e a desaceleração na China. Os dois fatores devem se agravar com a pandemia da covid-19.

Na avaliação da CNI, o comércio exterior representa uma ferramenta fundamental para acelerar o crescimento econômico e melhorar a produtividade e a competitividade da indústria brasileira. Para a entidade, uma estratégia nacional para o comércio exterior, com metas e prazos bem definidos, tornaria mais eficaz a governança da política comercial brasileira, com resultados mais equilibrados. A confederação destacou que países como Alemanha, Estados Unidos e Reino Unido têm esse instrumento.

Ações

Por causa da pandemia de coronavírus, a CNI destacou que diversas ações sugeridas para 2020 serão adiadas para 2021. Das 109 ações previstas na Agenda Nacional da Indústria, a entidade listou dez que considera prioritárias para o setor privado brasileiro.

A primeira ação diz respeito à continuidade da abertura comercial por meio da negociação de acordos, como os fechados entre o Mercosul e a União Europeia e a Associação Europeia de Livre Comércio (Efta, na sigla em inglês). Qualquer revisão da Tarifa Externa Comum (TEC) do Mercosul deve ser precedida de consulta pública e ser sincronizada com uma agenda de reformas para melhorar a competitividade.

O aprofundamento da agenda econômica e comercial do Mercosul, para assegurar o livre comércio total dentro do bloco e a melhoria da governança técnica e administrativa, representa a segunda ação. A acessão do Brasil à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) é a terceira ação sugerida. Para a CNI, o governo deve aderir a novos instrumentos e práticas da OCDE, acompanhado de perto pelo setor privado.

A quarta ação consiste na defesa da Organização Mundial do Comércio (OMC), de modo a assegurar um sistema multilateral de comércio forte e funcional. A quinta ação defendida pela entidade é a revisão da lei de lucros no exterior, de modo a eliminar a tributação do lucro das empresas brasileiras com investimentos em outros países ou ampliar a concessão de crédito presumido.

As demais ações são o fornecimento de recursos para o Portal Único do Comércio Exterior; a reforma tributária para o comércio exterior, que assegure que as exportações não paguem impostos; a melhor governança do sistema público de financiamento e garantias às exportações, no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no Banco do Brasil e na Câmara de Comércio Exterior (Camex); o combate aos subsídios industriais ilegais e que distorcem o comércio; e a expansão do Programa Rota Global para todo o país. Executado pela CNI, com recursos da União Europeia, o Rota Global oferece consultoria gratuita para aumentar a competitividade de empresas de todos os portes.
Agência Brasil
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