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Notícias / Política

29/03/2020 às 08:33

Proliferação da Covid-19 determinará rumo da eleição e pode acelerar o debate sobre a unificação dos pleitos

A avaliação é do cientista político João Edison

Kamila Arruda

Proliferação da Covid-19 determinará rumo da eleição e pode acelerar o debate sobre a unificação dos pleitos

Foto: Alair Ribeiro / TRE - MT

A pandemia causada pelo novo coronavírus (Covid-19) pode colocar em risco o pleito municipal de outubro deste ano. Após causar a suspensão da eleição suplementar ao Senado Federal, que estava marcada para 26 de abril, a doença ainda poderá prorrogar o pleito de escolha de prefeito e vereadores para 2022.

Essa é análise do cientista político João Edison de Souza. Para ele, é a estabilidade da proliferação do novo vírus que vai determinar se terá ou não eleição em outubro.

“Quem vai determinar o futuro, por incrível que pareça, é o Coronavírus. Se ele estender muito, se chegarmos ao mês de agosto sem uma definição, com esse pico subindo sem controle, pode ter certeza que as eleições serão jogadas para 2022. Agora, se a gente resolver isso logo, porque muitos candidatos a prefeito são deputados federais, eles não vão querer perder o bonde desta história e vão querer fazer eleição em outubro deste ano”, pontuou.

João Edison ainda acredita que, o coronavírus poderá ser usado como “justificativa” para garantir a unificação das eleições e o mandato de cinco anos. Isto porque, o tema já vem sendo debatido pelo Congresso Nacional há alguns anos. Inclusive, o senador Wellington Fagundes (PL) apresentou uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) em que unifica as eleições e estenderia o mandato atual para seis anos. 

“Já tínhamos uma certa predisposição para isso, mas não sabia como fazer, porque pra fazer vai beneficiar alguém, pois ou teria que dar seis anos de mandato pra alguém, ou fazer uma divisão no meio. Então, diante da situação que existe agora, de todo esse complexo em relação ao coronavírus, existe esse desejo de alguns, não são de todos, mas de um número significativo de brasileiros, e o mais importante, um número significativo de deputados federais e senadores, para que seja feito essa unificação”, acrescentou.


O principal argumento para adiar a eleição, é justamente a recomendação para evitar aglomeração. A eleição municipal está marcada para 4 de outubro.  Até o momento, a expectativa é de que o pico da Covid-19 no Brasil seja entre abril e maio, mas diante da situação de outros países que já estão há meses combatendo a doença, ela pode se estender também no Brasil.

Com o avanço do coronavírus a data começa a parecer incerta e políticos já defendem o adiamento do pleito. Alguns, inclusive, já formalizaram o pedido junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). No último dia 19, os ministros da Corte já recusaram um primeiro pedido deste tipo, para adiar um dos prazos da corrida eleitoral deste ano. Vale ressaltar, entretanto, que tal mudança precisaria ser aprovada pelo Congresso Nacional.
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