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Notícias / Política

28/03/2020 às 08:39

'Quem não colabora ainda vai chorar por não ter evitado, diz secretário sobre coronavírus

Gilbero Figueiredo diz que, apesar de decreto permitir circulação, quem puder deve ficar em casa

Camilla Zeni

'Quem não colabora ainda vai chorar por não ter evitado, diz secretário sobre coronavírus

Foto: Christiano Antonucci/Secom-MT

O governo do Estado flexibilizou as medidas de prevenção ao novo coronavírus em Mato Grosso. No entanto, espera que a população aja "pelo coração" e permaneça em casa, se não tiver a necessidade de sair. O governo vai além, e diz ainda que "desse público que não colabora ainda hão de ter aqueles que vão chorar".

Em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (27), o secretário de Saúde do estado, Gilberto Figueiredo, repreendeu os questionamentos sobre o "choque de orientações" expressas pelo governador Mauro Mendes (DEM) e o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB).

Essa confusão se deu depois que, na quinta-feira (26), o governo de Mato Grosso soltou novo decreto liberando diversos setores da economia para retomarem aos trabalhos, fazendo aumentar, portanto, o número de pessoas em circulação e expostas ao coronavírus.

No entanto, o prefeito Emanuel Pinheiro reforçou que seu decreto continuará válido, e, nesta sexta-feira, disse ainda que Mauro Mendes extrapolou competências, quase dizendo, no popular, que quem manda na cidade é ele. 

Para Figueiredo, a população não deveria esperar que uma "lei" determine o que eles devem fazer. "Devem ouvir ao seus instintos, coração e arbítrio. Você pode ficar em casa? Fique em casa! Esse é o nosso apelo", disse.

O secretário lembrou que há diversas categorias que não podem ficar resguardado em casa e que a diminuição de circulação de pessoas é uma forma de resguardar esses trabalhadores. 

Figueiredo também negou que o governo esteja incentivando a população a sair de casa, ao ter flexibilizado as medidas de prevenção em um decreto. Ele ressaltou que há uma diferença entre o isolamento econômico e o social e que festas e reuniões, encontros com muitas pessoas, seguem proibidos.

"Falta bom senso. Parece que todo mundo está necessitando que tenha lei, que tenha decreto para cumprir aquilo que é o óbvio. Se a população não colaborar, com certeza, desse público, haverão aqueles que hão de chorar por não ter contribuído nesse momento importante de evitar certos ambientes", finalizou.

Segundo as atualizações da Secretaria de Estado de Saúde, Mato Grosso registra ainda 11 casos confirmados de infecção por coronavírus e 556 suspeitos. Embora o número de confirmados permaneça o mesmo do anunciado na quinta-feira, os dados apontam crescimento de 44% nos casos suspeitos, em 24 horas. 
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