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20/04/2020 às 08:25

​Desemprego, evasão e inadimplência preocupam faculdades privadas

Inadimplência em universidades privadas pode chegar 11%, diz sindicato

Leiagora

​Desemprego, evasão e inadimplência preocupam faculdades privadas

Foto: Arquivo/Agência Brasil

A suspensão das aulas presenciais e a expectativa de aumento do desemprego, em decorrência das medidas de isolamento social adotadas como forma de combate ao novo coronavírus (covid-19), poderão resultar no aumento dos índices de inadimplência e evasão das instituições de ensino superior privado.

A preocupação foi manifestada pelo Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior Privado (Semesp) na última semana.

Levantamento apresentado pelo diretor executivo do Semesp, Rodrigo Capelato, prevê que a taxa de inadimplência das mensalidades de universidades privadas deve subir de 9,5%, em 2019, para até 11,2% neste ano, em um cenário classificado como "pessimista" pela entidade. Em uma projeção de cenário “realista”, o índice deve ficar em 10,6%. Já no cenário "otimista", ficaria em 10,1%.

Para ser considerado como inadimplência, o pagamento da mensalidade tem que estar atrasado há pelo menos 90 dias. No entanto, como o isolamento social teve início há menos tempo, o Semesp fez uma projeção, considerando a inadimplência pelo prazo de apenas um mês.

Nesse recorte, ao comparar a taxa de inadimplência referente a apenas o mês de abril, ela aumentou de 14,9% (abril de 2019) para 25,5% (abril de 2020). "Isso corresponde a uma variação de 71%", ressalta Capelato.

Outra preocupação manifestada pela entidade que representa instituições de ensino superior privado é a taxa de evasão de alunos. De 2016 a 2019, o índice ficou variando entre 30,3% (2017) e 31,8% (2018). Em 2019, ficou em 31%.

Na projeção apresentada pela Semesp, em um cenário "realista", o índice deverá ficar em 33,1% em 2020. Já em cenários pessimista e otimista, a inadimplência pode ficar em 34,4% e 32,4%, respectivamente.

Tendo como base o mês de abril, a variação ficou em 11,5%, considerando que estava em 3,8% em 2019; e em 4,3% em abril de 2020, informou Capelato. Segundo o diretor, “o desemprego prejudicará o setor [de faculdades privadas] porque os alunos trancarão as matrículas”. Ele acrescenta que essa situação representa “um risco é grande”, mesmo com a previsão de os alunos retornarem às aulas, após o período de isolamento social.

Ainda segundo o representante das instituições de ensino superior privadas, a tramitação de projetos de lei que preveem uma redução de mensalidades, por causa da suspensão de aulas presenciais, tem feito os alunos aguardarem desconto, o que acabaria por colaborar para o aumento da inadimplência.

Talvez o aluno esteja esperando para ver o que vai acontecer”, complementa o diretor.
Agência Brasil 
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