A região da grande Morada da Serra (CPA), em Cuiabá, é a localidade com maior número de pessoas detectadas com coronavírus. A informação consta em um mapeamento realizado pelo Departamento de Geografia da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), em conjunto com a vigilância sanitária de Cuiabá.
Pelo mapa é possível notar que, do dia 8 até o dia 15 de abril, o número de casos confirmados de Covid-19 (coronavírus) cresceu em Cuiabá. Os dados da secretaria de Saúde do Estado apontam um salto que vai de 50 pacientes diagnosticados para 82, em uma semana. Com isso, também se ampliou as regiões onde estão os infectados.
Conforme o mapeamento, 31 bairros de Cuiabá já têm casos de coronavírus confirmados. Desses, os locais com maior número de casos são: Morada da Serra (8), Parque Atalaia (4-5), Jardim Imperial (4-5) e Florais (4-5).
Com três casos identificados estão os bairros Dom Aquino, Duque de Caxias, Bosque da Saúde, Bela Vista e Jardim Itália.
Com pelo menos dois casos foram identificados os bairros Centro Sul, Paiaguás, Quilombo, Jardim Vitória e Altos do Coxipó.
Os demais, com um caso confirmado, são: Jardim Gramado, Jardim Universitário, Jardim das Palmeiras, Jardim Primavera, Centro, Osmar Cabral, Santa Cruz, Boa Esperança, Jardim Leblon, Pedregal, Lixeira, Bandeirantes, Santa Rosa, Alvorada, Solar da Chapada, Primeiro de Março e Nova Conquista.
O mapeamento também mostrou que boa parte dos moradores do CPA não sabem a origem da infecção pelo vírus. Já em outras localidades, como no Florais, os pacientes infectados têm histórico de viagens.
O professor Emerson Soares dos Santos, responsável pelo estudo, explicou, em entrevista à TVCA, que o mapeamento ajuda a prefeitura a definir estratégias para cada bairro. Isso porque, segundo a análise, um terço dos infectados não tem ideia de como se contagiaram.
"Isso sugere que o vírus pode estar em qualquer local da cidade. Com o mapa, a equipe de vigilância e Saúde consegue estabelecer medidas no sentido de evitar com que pessoas façam aglomerações e continuem a circular pela cidade de maneira tranquila e livre", comentou.
O professor também frisou que o mapa não significa que o vírus circula apenas nesses bairros, mas, sim, onde estão aqueles que já foram infectados.
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