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24/04/2020 às 10:04

Após duas mortes em 24 horas, governo diz que volta às aulas não está garantida

Secretário de Saúde observou que secretarias de educação devem elaborar plano para garantir saúde de estudantes

Camilla Zeni

Após duas mortes em 24 horas, governo diz que volta às aulas não está garantida

Foto: Mayke Toscano/Secom

O governo de Mato Grosso ponderou que o último decreto que dispõe sobre o retorno das atividades escolares no estado não garante a volta às aulas para o dia 4 de maio. Segundo o Estado, a situação do novo coronavírus será monitorada durante os próximos dias para que a decisão seja cravada.

Em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (24), o secretário de Saúde do estado, Gilberto Figueiredo, avaliou que, além do cenário do vírus, o governo também deve preparar um plano de contingenciamento nas escolas públicas, para garantir a saúde e segurança dos estudantes.

“Eu acredito que toda decisão de flexibilização deve vir acompanhada de plano de operação. As secretarias de educação, nesse momento, devem estar pensando em uma operacionalização que permita o distanciamento dos alunos e o controle de fluxo, para que evitemos contaminação em níveis elevados”, disse o secretário.

Gilberto também destacou que o aumento no número de pessoas infectadas pelo vírus é natural e precisa ocorrer, para que a população esteja imunizada. “Não dá para manter toda a sociedade em isolamento até o fim”, avaliou. Contudo, ponderou que as medidas de segurança, que já são impostas a setores como comércio e indústria, devem ser seguidas por toda a população.

Ao ser questionado sobre sua opinião pessoal quanto ao retorno das aulas, o secretário jogou para o governador Mauro Mendes (DEM) a decisão quanto às aulas. Ele afirmou que, como secretário de Saúde e membro do comitê de situação para enfrentamento ao coronavírus, ele apresenta as impressões e considerações da Secretaria de Estado de Saúde. Contudo, cabe a Mauro Mendes decidir.

“Outras condicionantes são avaliadas pelo governo e cabe ao governador bater o martelo e fazer a decisão final. Nós temos mais alguns dias para fazer análise mais aprimorada e, se houver necessidade de prolongamento, isso será feito”, disse.

Os questionamentos quanto ao retorno das atividades se deu diante da notificiação de duas novas mortes por coronavírus em 24 horas em Mato Grosso. Os casos foram registrados nessa quinta-feira (23).

Também na quinta-feira, o Ministério Público chegou a notificar o governo em razão do retorno das atividades. No documento, o MP pediu justamente que o governo elabore estratégias para a retomada das aulas presenciais e que um novo decreto seja publicado, contendo as determinações.

Cabe lembrar que o Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep) se posicionou contrário ao retorno das aulas, alegando também preocupação com o período de pandemia. O avanço no número de pessoas contagiadas pelo coronavírus e o número de leitos hospitalares também são questionados.

Boletim divulgado pela Saúde na noite de quinta-feira apontava 221 pessoas com diagnóstico de coronavírus em Mato Grosso. Desses, 88 estão em isolamento domiciliar e 109 estão recuperados. Há ainda 17 pacientes hospitalizados, sendo 11 em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e seis em enfermaria.

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