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Notícias / Política

06/05/2020 às 16:05

Abílio volta e quer criar CPI para apurar gastos da prefeitura no combate à Covid-19

Decisão judicial determinou que o vereador, que tinha sido cassado, retorne à Câmara

Kamila Arruda

Abílio volta e quer criar CPI para apurar gastos da prefeitura no combate à Covid-19

Foto: Giuseppe Feltrin / Leiagora

Ao lado dos 10 vereadores que o apoiaram no seu processo de cassação, o vereador Abílio Junior (Podemos) comemorou o retorno à Câmara de Cuiabá durante entrevista coletiva realizada Praça Moreira Cabral, em frente ao Legislativo cuiabano, na tarde desta quarta-feira (6). Ele já adiantou que deve apresentar requerimento para uma nova Comissão Parlamentar de Inquérito  (CPI) com objetivo de fiscalizar os gastos para o combate ao coronavírius na capital.

“Uma questão que vamos discutir é a possibilidade de criação de uma CPI da Covid-19, para que os vereadores possam fiscalizar os recursos repassados. Se não houver nenhuma legalidade, não terá problema, mas pelo que a gente viu com o desperdício do dinheiro público na questão dos drones, a gente percebe que há necessidade de fiscalizar", argumentou Abílio. 

Além disso, o vereador aponta que a Prefeitura tem feito contratos sem licitações e não estão no portal transparência. "Então, não há como fiscalizar por meio da plataforma padrão, portanto, teremos que fiscalizar de uma forma mais efetiva”, afirmou Abílio.


O parlamentar deve ser reintegrado ao quadro de vereadores já nesta quinta-feira (7), após a publicação da sentença no Diário Oficial de Justiça que anulou a cassação. Com isso, Abílio já deve participar da sessão ordinária marcada para amanhã, é o que o explicou o advogado do parlamentar, Fabrizzio Cruvinel, que lembrou ainda que há uma multa diária de R$ 10 mil em caso de descumprimento por parte do Parlamento. 

Com relação à decisão, Abílio afirma que foi feito Justiça. “Acredito que foi feito o certo, o correto. Aquilo que nós já tínhamos apontado durante todo o processo foi reconhecido pela Justiça, aquilo que o parecer da CCJ já tinha apontando, que haviam vícios insanáveis, e essa ilegalidade foi apontada”, pontuou.

O parlamentar espera ainda não ter problema com os demais vereadores que votaram a favor de sua cassação. “Espero que mesmo que eles tenham comemorado por um curto tempo, eles entendam que o poder judiciário tomou uma decisão sobre a legalidade, e que, se eles respeitam a legalidade, eles respeitarão a minha atividade parlamentar”, finalizou.

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