Depois de uma semana tumultuada após aprovação do auxílio-saúde para o Ministério Público, o procurador-geral de Justiça de Mato Grosso, José Antônio Borges Pereira, saiu em defesa do benefício e da instituição.
Em um artigo entitulado "Auxílio saúde no MPMT não é privilégio, mas, sim, tratamento paritário", o procurador afirma que o Ministério Público tem contribuído para o enfrentamento do novo coronavírus, por meio de destinação de recursos milionários para o governo do Estado.
A justificativa do procurador se dá diante de discussões que se acalentaram após a concessão do benefício. Alguns acreditam que o momento é inoportuno, considerando os esforços do Estado para empregar recursos na tentativa de frear o avanço do vírus.
O próprio Conselho Nacional do Ministério Público, em decisão do conselheiro Sebastião Vieira Caixeta, publicada nessa sexta-feira (8), considera "desproporcional" a aprovação da medida neste momento de pandemia.
Antônio Borges, porém, afirma que o pagamento do auxílio já estava previsto no orçamento do órgão e que ele é, aliás, uma forma de igualar os servidores do Ministério Público aos de outros órgãos, como o Poder Judiciário, que paga também mais de R$ 1 mil de auxílio para seus servidores.
O procurador de Justiça também acredita que o auxílio pode ser encarado como um atrativo para a carreira do Ministério Público e diminui a pressão sobre o Sistema único de Saúde (SUS), "já sobrecarregado independentemente da pandemia".
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