O lockdown não é uma questão questão de ser a favor ou contra. É não precisar escolher quem vive ou morre. O alerta foi feito pelo secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, em entrevista coletiva online na manhã desta quarta-feira (13).
No entanto, ele faz uma ressalva de que o fechamento total deva ser gradativa, mas só deve ser efetivados em "municípios e estados que chegarem a 80% de sua capacidade de atendimento ligados a leitos de UTI. Não é uma questão de ser a favor ou contra. Se não fizer isso vão decidir quem vive e quem morre”.
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Sobre o crescimento expressivo de casos de coronavírus na baixada cuiabana, Gilberto alega que é reflexo da flexibilização das atividades nas cidades de Cuiabá e Várzea Grande. Ele também avalia que os dois municípios devam ser entendidos como um território só e as medidas deveriam ser alinhadas entre as duas prefeituras.
Gilberto ressalta que Várzea Grande está no ritmo normal algum tempo e o boletim de hoje já deve registrar novos casos. A 20ª vítima de Covid-19 em Mato Grosso, um homem de 46 anos, foi registrada em Várzea Grande na tarde desta terça-feira (12) e já é a segunda morte na cidade.
“Mais flexibilidade, mais pessoas na rua, mais contato, contaminação e internação. São os que os números mostram desde que começamos a flexibilizar as medidas”, afirma Gilberto Figueiredo.
O retorno das atividades escolares no município segue indefinida. No início da semana, a prefeita de Várzea Grande, Lucimar Campos (DEM), publicou um novo decreto suspendendo o retorno previsto para o dia 18 de maio. Em Cuiabá, o prefeito também adiou a volta às aulas.
Já são 604 casos de Covid-19 em Mato Grosso, com taxa de letalidade de 3,3%. Na capital, já são 211 casos e em Várzea Grande assumiu o terceiro lugar no ranking dos municípios com 49 infectados.
