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Notícias / Agro e Economia

19/05/2020 às 14:01

MT deve confinar quase 600 mil cabeças em 2020

Mais de 70% dos animais devem ser confinados em estruturas próprias, enquanto o restante em estrutura de terceiros

Leiagora

MT deve confinar quase 600 mil cabeças em 2020

Foto: Bosch

O primeiro levantamento das intenções de confinamento em Mato Grosso, feita pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), mostra que a estimativa da quantidade de animais confinados em 2020 é de 577.550 cabeças. A pesquisa foi feita em 173 unidades de confinamento, representando 71% do total. Esse valor é 16% menor em relação a abril de 2019 e quase 30% se comparado com outubro, quando foi realizado o levantamento final do ano passado.

A Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) destaca que este cenário reflete na capacidade estática do estado, uma vez que quatro propriedades desativaram a estrutura de confinamento. “Isso pode justificar a menor quantidade de unidades confinadoras neste levantamento. Assim, a capacidade estática em 2020 será de 811.230 cabeças, valor 8,62% menor do que 2019”, aponta o levantamento.

Dentre as regiões, somente a centro-sul possui previsão de aumentar a quantidade de animais confinados neste ano, com variação de 3,23% a mais em comparação com 2019. As outras regiões demonstram cautela: produtores sem previsão de confinamento somam quase 15% este ano, frente aos 31,7% que informaram que não irão confinar.

Mais de 70% dos animais devem ser confinados em estruturas próprias, enquanto o restante em estrutura de terceiros.

O Imea analisa que é normal o produtor apresentar um comportamento mais moderado no primeiro levantamento do ano, reflexo da necessidade de estudo do mercado futuro, dentre outras ações. Dentre as principais preocupações do pecuarista estão a cotação do boi gordo; pandemia da Covid-19; preços dos insumos de suplementação e as cotações dos animais de reposição.

Essa quantidade restante, como dito anteriormente, pode estar atrelada à preocupação dos confinadores com o aumento dos preços dos animais de reposição. Isso porque as cotações destas categorias estão em crescimento desde o segundo semestre de 2019, sendo que no final do ano a alta começou a ser mais intensa.

Este movimento tem sido causado pela menor oferta destes animais, devido ao momento do ciclo pecuário proporcionado pelo maior abate de fêmeas nos anos anteriores. Além disso, a exportação de carne bovina para a China também é um fator que tem impulsionado as cotações no mercado de reposição, pois os volumes enviados estão satisfatórios e o produto demandado pelo mercado chinês é de animais jovens, o que acaba valorizando estas categorias.

Compra de animais e insumos

Em relação à aquisição dos animais, mais de 50% dos produtores já efetuou a compra. Se a previsão do rebanho confinado se manter, há ainda 251.799 animais que precisam ser adquiridos.

A compra de insumos, por sua vez, está na média de 75%. Este cenário está 15 pontos percentuais acima de abril de 2018, o que pode ser pautado na maior preocupação com a competitividade de milho com as usinas de etanol. Neste levantamento, inclusive, foi observado mais pecuaristas com própria produção do cereal.

Contudo, neste ano, apesar das estimativas de aumento de safra, o consumo das usinas de etanol ainda é alto. Esta conjuntura não traz perspectivas de queda nos preços do milho a curto prazo.
Ascom/Acrimat
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