Em meio à tantas notícias tristes, eis que hoje foi um dia de comemorar a vida. Duas idosas superaram a covid-19 e receberam alta nesta quarta-feira. Histórias que merecem ser compartilhadas e contadas para dar um alento à todas as famílias atingidas pelo novo coronavírus. São elas as donas Anna e Suzana.
Anna Augusta de Oliveira Monteiro, uma senhora de 102 anos que já tinha muita histórias para contar, inclusive a de ter sido a primeira-dama de Cuiabá, agora ganhou mais uma; a de superar a Covid-19, que tem justamente os idosos no grupo de risco. Nascida em Santo Antônio de Leverger, presidente da antiga LBA, atuou muito na área de promoção social no estado e na capital.
Anna mostrou que é uma mulher de garra e lutou por três semanas contra o coronavírus e superou até mesmo o total isolamento dos familiares, mas a vontade de sobreviver foi maior.
Ela é filha de Francisco Pinto de Oliveira, deputado estadual de Mato Grosso com maior número de mandatos e empreendedor de várias usinas de cana-de-açúcar no estado, como Aricá, Itaicy e Tamandaré. Do casamento com Benjamin Duarte Monteiro, que foi Procurador Geral de Justiça, presidente do TCE-MT e prefeito de Cuiabá, edificou uma grande família, com três filhos e dezenas de netos, bisnetos e tataranetos.
Hoje, nada mais justo do que ser homenageada quando deixou a UTI do Hospital Santa Rosa. A equipe médica e de enfermeiros fez uma ação que vai muito além, porque também dá esperança a outros que lutam contra esta doença que já matou mais de 20 mil pessoas no Brasil e 44 em Mato Grosso.
Nutrida com o carinho e a dedicação dos profissionais de saúde e com a torcida dos familiares, Anna segue agora para um quarto para continuar sua recuperação, mas já está curada da Covid-19.
Outra lutadora foi dona Suzana Maria da Glória, de 63 anos. Ela, além de ser idosa, estava no chamado grupo de alto risco, isto porque era hipertensa e diabética, portadora de doença pulmonar e cardíaca, e também fez três tratamentos contra câncer.
Toda vitória contra a covid-19 deve ser comemorada, mas Suzana é especial. Depois de 21 dias hospitalizada entre UTI e apartamento, recebeu alta nesta quarta-feira (27) e emocionou não apenas sua família, mas os médicos, colaboradores e todo corpo de enfermagem do Complexo Hospitalar Cuiabá, onde estava internada.
“Eu sou muito grata por ter vencido essa doença porque não é fácil, é muito difícil para você respirar, isso não é uma gripezinha. Então peço às pessoas para que se cuidem e se isolem porque não existe remédio”, recomendou.
O pneumologista e clínico geral Elber Rocha foi o médico que acompanhou o tratamento de Suzana e reconhece que a cura da paciente foi uma exceção. Ele faz um alerta à população para não descuidar da prevenção, pois ainda não existe um tratamento específico que funcione em todos os casos e não há vacina para a doença.
“Se a pessoa apresentar sintomas como cansaço, tosse, febre, mal-estar, procure um médico, não fique em casa aguardando. Porque se for algo mais simples o médico pode te orientar bem e você pode voltar para casa mais tranquilo. Se for algo mais grave, será atendido em qualquer hospital e tem profissionais gabaritados em todo o Brasil para fazer isso”, finalizou.
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