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30/05/2020 às 08:00

Mortes são alerta: jovens vão para festas, acham que estão protegidos e isso não é verdade

Jovens fazem parte da faixa etária na qual mais se concentram os doentes assintomáticos da covid-19

Camilla Zeni

Mortes são alerta: jovens vão para festas, acham que estão protegidos e isso não é verdade

Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Ter mais de 60 anos e apresentar doenças cardíacas, hipertensão e diabetes. Essas foram as principais características do chamado “grupo de risco” do novo coronavírus que foram amplamente divulgadas. Com isso, o senso comum na população era de que quem não está nesse quadro poderia estar mais imune à pandemia. O avanço da doença provou, no entanto, que a afirmação não é verdadeira.

Em Mato Grosso até essa quinta-feira (28), 54 pessoas haviam morrido em decorrência da covid-19 (doença causada pelo vírus). Dessas, quatro vítimas eram consideradas jovens, com menos de 30 anos. Entre elas um bebê de apenas oito meses.

Os dados mostraram que, apesar do maior risco ser para quem tem comorbidades ou idade avançada, a doença pode infectar e causar complicações em qualquer pessoa. É o que apontou o secretário de Saúde de Mato Grosso, Gilberto Figueiredo, em coletiva de imprensa na sexta-feira (29).

“As pessoas estão achando que só os idosos estão vulneráveis, mas a comorbidade ajuda. Nessa semana tivemos a segunda jovem que tinha obesidade e veio a óbito. Os jovens estão indo para rua, para festa, achando que estão protegidos e isso não é realidade absoluta. Essa segunda jovem tinha obesidade e rinite alérgica”, destacou o gestor.

Conforme Gilberto, pelas estatísticas é possível inferir que os jovens fazem parte da faixa etária na qual mais se concentram os doentes assintomáticos da covid-19. E isso é preocupante na medida em que, descrentes de que podem ser transmissores da doença, os jovens têm, cada vez mais, se aglomerado e promovido interações sociais em grupo, como festas e encontro de amigos.

“Não dá para os jovens se comportarem como se isso não fosse com eles. Até porque, se eles são os mais resistentes, quer dizer que são eles os mais assintomáticos. E o que eles fazem? Convivem com os adultos, convivem com idosos. Ele é assintomático mas consegue transmitir e contaminar outras pessoas”, avaliou Gilberto.

Diante do cenário, o secretário chegou a fazer um apelo: “Jovens, por favor, ajudem a cuidar da nossa população, especialmente dos idosos, dos pais, avós, aqueles que estão mais vulneráveis nesse momento”.

Para tentar coibir a diminuição do isolamento social e a quebra da quarentena, algumas pessoas promoveram iniciativas difusas nas redes sociais. Uma delas, como o Leiagora já destacou, foi a criação de um perfil para denunciar as aglomerações. Em menos de um mês após a divulgação das atividades de “fiscalização” pela população, a página de denúncias já soma mais de 10 mil seguidores.

Além deles, a Prefeitura de Cuiabá também disponibilizou canais de denúncias, que podem ser feitas inclusive ao 190, uma vez que a Polícia Militar é uma das instituições encarregadas da fiscalização das medidas de prevenção ao vírus. 

Ao todo, apenas no telefone da prefeitura foram 1.273 denúncias, enquanto o Ciosp, da Secretaria de Segurança Pública já tinha recebido, até o dia 24 de maio, 3.706 chamadas. Para denúncias, basta acionar o 190 ou o disque-denúncia da Secretaria Municipal de Ordem Pública pelo (65) 3616-9614. O telefone fixo, contudo, funciona apenas de segunda à sexta em horário comercial.
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1 comentário

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  • Antonio 30/05/2020 às 00:00

    Excelente abordagem, temos que conscientizar todos para este perigo.

 
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