Moradores do bairro São Matheus, em Várzea Grande, seguem sem asfalto em parte da região. Como consequência, sofrem com a falta de saneamento básico e o excesso de poeira, expondo crianças e idosos a diversas doenças – inclusive respiratórias, formando o chamado grupo de risco para Covid-19.
Em vídeo enviado a reportagem do Leiagora, seu Juca reclama que espera há décadas pelo serviço público. “Já faz 20 anos que eu moro aqui e nada de sair esse asfalto. Ali no posto Amazonas asfaltou. Mas aqui só conversa afiada”, afirma.
Com “ali”, o senhor se refere ao lado direito do bairro. “Entrando no bairro, o lado direito foi asfaltado no ano passado, mas a parte esquerda nenhuma rua foi”, explica uma moradora e profissional da segurança, que preferiu não se identificar.
“Essa rua do seu Juca é a Rua 31, paralela à Filinto Miller, avenida que dá acesso ao bairro. A via está intransitável, os veículos só passam pelas beiradas”, comenta.
Entre os problemas enfrentados pela população, a porta-voz destaca a falta de saneamento básico, canalização e escoamento de esgoto. “As pessoas normalmente fazem fossas residenciais, que podem até mesmo atingir lençol freático, contaminando a água”, destaca.
A falta d’agua também é uma realidade de quem vive no local. “Não consegue força suficiente para subir nas caixas. A água demora em torno de quatro ou cinco dias para chegar ao bairro. Então as pessoas têm mais esse gasto, com uma bomba e energia elétrica para conseguir coletar a água de uso básico”, complementa.
Outro grande problema da população é com a poeira, que desencadeia doenças respiratórias, principalmente em crianças. “É um apelo que se faz devido inclusive a descriminação. Onde já se viu asfaltar metade do bairro e outra não. Será que só metade é digna de ter condições? Será que só parte do bairro vai votar nas eleições”, questiona a cidadã.
Outro lado
A Prefeitura de Várzea Grande informou que a Secretaria de Obras fará um levantamento no bairro, pois há muitas invasões e em área sem regularização não se pode realizar obras definitivas. Além disso, a administração alegou que os moradores não cumprem com as obrigações cerca de 70% deles não pagam IPTU na região.
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