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Notícias / Judiciário

15/06/2020 às 10:00

STF nega liberdade a líder do Comando Vermelho, preso após movimentar R$ 26,2 milhões

Acusado foi alvo da operação Red Money, que denunciou 113 pessoas por lavagem de dinheiro e tráfico de drogas

Camilla Zeni

STF nega liberdade a líder do Comando Vermelho, preso após movimentar R$ 26,2 milhões

Foto: Assessoria

Janderson dos Santos Lopes, conhecido como 'Cowboy', continuará preso, por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele é acusado de ser um dos líderes da parte financeira da facção Comando Vermelho em Mato Grosso, e foi preso durante a Operação Red Money, deflagrada pela Polícia Civil em 2018.

Conforme o ministro Alexandre de Moraes, Janderson está preso de forma preventiva, uma vez que a Justiça entendeu que mantê-lo em cárcere seria uma forma de garantir a ordem pública. A justificativa é que, por meio da arrecadação de dinheiro com a prática de crimes, como tráfico de drogas, roubo e estelionato, a organização se fortalece diariamente. 

Consta ainda na decisão judicial que os presos na operação Red Money teriam movimentado quantia superior a R$ 26 milhões. Ao todo, 113 pessoas foram denunciadas, sendo que, após o desmembramento da ação, 89 pessoas passaram a responder criminalmente.

Os advogados de Janderson tentaram habeas corpus no Tribunal de Justiça e no Superior Tribunal de Justiça, tendo os pedidos negados pelos magistrados. No STF eles alegaram que teria ocorrido excesso de prazos processuais e a pandemia do novo coronavírus. Pediram, portanto, a revogação do decreto prisional com ou sem medidas cautelares.

O ministro ponderou, porém, que não há que se falar em constrangimento ilegal ou abusivo excesso de prazo porque o caso envolveu um número grande de pessoas acusadas e teve grande complexidade.

Outro fator considerado pelo ministro do STF foi que o suposto líder do Comando Vermelho possui uma extensa ficha criminal, além de que ele já tem condenações de 10 anos e 10 meses e outra de 21 anos de prisão, sendo que a última ainda está pendente de recurso. 

Moraes também destacou que resolução do Conselho Nacional de Justiça  (CNJ) ponderou que cabe aos juízes da Execução Penal acompanharem a soltura de presos em decorrência da pandemia do coronavírus, ao que, portanto, não caberia a ele decidir sobre a situação.
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