Próxima as margens do rio Cuiabá, a Barra do Pari, Área de Proteção Permanente (APP), tem sido área de descarte de lixo na capital. Isso porque a população que vive na região, localizada entre Santa Amália e Santa Isabel, reclama por ter que conviver com entulhos a céu aberto.
É o que conta seu Francisco Lemes, 70, morador da Barra do Pari há 24 anos. Ele diz que o problema é frequente e afirma que chega a tirar dinheiro do próprio bolso para resolver a situação. “Todo tempo foi assim. Quando eu não aguento mais, eu pago para limpar”, conta o idoso.
Os moradores relatam que o município até realiza os serviços de limpeza no local, mas as pessoas continuam levando entulhos para lá – e diariamente. Já a última limpeza teria sido realizada há cerca de dois meses.
“Fizeram uma limpeza meia-boca, mas não tiraram tudo que tinha para limpar. Toda vez que limpam outros bairros, principalmente da região do Santa Isabel, trazem o entulho das caçambas tudo para cá”, afirma Paulo, que também é morador da comunidade.
A Prefeitura de Cuiabá, no entanto, informou ao Leiagora que “a área é constantemente monitorada” e que “realiza com frequência a limpeza em toda a extensão da via”. De acordo com a Secretaria de Serviços Urbanos, a coleta de lixo domiciliar é executada na região pelo menos três vezes por semana.
“Além da ação de limpeza, a Pasta oferece uma série de programas, como o Cata-treco, para que a população descarte de forma correta seu lixo”, disse a pasta, em nota. No entanto, destaca que “todas essas ações somente serão efetivas, se houver a colaboração da população”.
O problema é que o local passou a ser usado, ilegalmente, como área de descarte. São caminhões de frete, de empresas de descarte e até moradores de outras regiões que chegam com veículos com entulhos e despejam os materiais que ficam largados no meio ambiente.
Vale ressaltar que o descarte irregular de lixo e entulho é considerado crime ambiental e passível de multa. O cidadão que deseja comunicar uma situação que requer a atividade fiscalizatória conta com o Disque-Denúncia, que funciona de segunda à sexta, em horário comercial pelo telefone (65) 3616-9614.
Confira como é a situação do local e os relatos nos vídeos abaixos
Imagens: Rogério Cabeça de Urso/Leiagora
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