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Notícias / Agro e Economia

17/06/2020 às 07:37

Quatro estados produzem 87,5% da área de soja convencional brasileira

Mato Grosso, Paraná, Goiás e Mato Grosso do Sul são os maiores produtores, doze Estados perfazem apenas 12,6%

Leiagora

Quatro estados produzem 87,5% da área de soja convencional brasileira

Foto: Reprodução

A produção de soja convencional vem diminuindo no Brasil desde a introdução das sementes geneticamente modificadas. A soja livre de transgenia, porém, traz vantagens aos produtores rurais interessados em nichos de mercado e em se manterem livres para escolher quais variedades e produtos usar em suas lavouras.

Em levantamento realizado pelo Instituto Soja Livre, Mato Grosso é o principal produtor de soja convencional do País, utilizando 602,2 mil hectares para estas cultivares, o que significa 52,8% do total da área destinada para estas cultivares. Em seguida vem o Paraná, com 206,3 mil hectares (17,8%), Goiás com 113,4 mil hectares (9,6%) e Mato Grosso do Sul com 85,5 mil hectares (7,3%).

Os estados de Roraima, Minas Gerais, Tocantins, Rondônia, Rio Grande do Sul, Piauí, Distrito Federal, São Paulo, Maranhão, Bahia, Santa Catarina e Pará representam 12,6% da área total plantada com soja convencional.

O presidente do Instituto Soja Livre, Endrigo Dalcin, ressalta que cada estado tem a sua particularidade e afirma que os pequenos e médios produtores têm mantido a produção de soja convencional e conseguido renda extra e que há mercado internacional para o produto.

“Precisamos de prêmios firmes para que o agricultor brasileiro continue e volte a plantar soja convencional. Sabemos que pode trazer mais renda para os produtores rurais nas pequenas e médias propriedades”, diz Dalcin.

Na safra 2019/20 brasileira foram plantados 1,5 milhão de hectares de soja convencional com produção de 5,1 milhões de toneladas. Mato Grosso ocupou metade desta área, produzindo 2 milhões de toneladas de soja sem modificação genética.

O Instituto Soja Livre trabalha com a FoodChain ID, empresa que faz certificações internacionais para a soja. O objetivo é que, em médio prazo, a soja convencional brasileira possa ser certificada e consiga livre acesso aos mercados europeus e também chinês.

Para Augusto Freire, da FoodChain ID, o mercado internacional varia bastante em relação ao abastecimento com soja convencional. “A Índia é um grande país produtor de soja convencional e abastece muitos países europeus, por isso há anos que o prêmio é melhor e outros, pior. Buscamos a certificação porque será um grande diferencial em relação a este concorrente que não tem preocupação com sustentabilidade, por exemplo”.

Outro mercado focal da soja convencional brasileira é o chinês. Freire explica que a classe média chinesa é maior que toda a população brasileira e têm interesse em produtores livres de transgênicos para consumo humano.

“Quando este mercado engrenar será um grande salto para a nossa produção e já existem projetos pilotos de embarque de conteiners para a China. Precisamos informar isso aos europeus e exigir que voltem a fazer contratos de longo prazo com os produtores brasileiros com prêmios atrativos”, finaliza.
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