Sem garantir a maioria para aprovar a Reforma da Previdência, a base do governo acabou adiando a votação para segunda-feira e trabalha para garantir um consenso e assim fazer com que a proposta seja aprovada.
Ocorre que desde a votação do primeiro projeto, que reajustou a alíquota de 11% para 14%, o governo acabou perdendo voto, como do deputado Elizeu Nascimento (DC). Ele se sentiu traído pelo governador Mauro Mendes (DEM), já que na época votação pela proposta com a garantia de que os militares ficassem de fora da reforma, no entanto, não foi isso que ocorreu.
Em janeiro, quando foi aprovada a reforma, o governo garantiu 16 votos favoráveis. No entanto, no cenário atual pelo menos 11 deputado estariam contra a proposta encaminhada. Com isso, mesmo garantindo 13 votos, o projeto não passa, por se tratar de uma Proposta de Emenda Parlamentar e precisar de 14 votos favoráveis.
Parlamentar da oposição, Lúdio Cabral (PT) alega que a reforma encaminhada pela administração estadual é ainda mais prejudicial ao servidor do que as mudanças aprovadas em nível federal.
Isto porque, a proposta de Mato Grosso foi a única do país que estabeleceu desconto para os aposentados e sem estipular o teto. O projeto de Mendes elevou a taxa retirada do salário do servidor dos atuais 11% para 14% para todas as faixas salariais.
O governo alega que a reforma é necessária para evitar o rombo no sistema previdenciário. O déficit anual é de R$ 1,3 bilhão, mas a estimativa é de que chegue a R$ 30 bilhões em 2029.
Além disso, existe uma portaria do Governo Federal em que obriga estados e municípios com déficit votar a reforma até dia 31 de julho.
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