Após não haver consenso sobre a implantação do lockdown nas cidades de Cuiabá e Vázea Grande, uma nova reunião foi marcada para segunda-feira (22), e o governo do Estado informou que pretende ajudar as prefeituras das duas cidades a definir novas medidas restritivas, de forma a frear a contaminação do coronavírus e reduzir o colapso na rede de saúde pública.
A reunião para decidir as providências a serem adotadas vai ocorrer na próxima segunda-feira (22), às 10h, na Prefeitura de Várzea Grande. Como contrapartida, o governo do estado já adiantou que em todas as cidades com a classificação de risco 'muito alto', o expediente dos órgãos estaduais será suspenso, já como forma de reduzir a circulação de pessoas na cidade.
Além disso, o secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, defendeu que haja uma regra única para as medidas de restrição em relação aos municípios de Cuiabá e Várzea Grande. “O Governo mantém as orientações que estão no decreto que instituiu a classificação de risco. Agora cabe aos prefeitos fazerem essa análise e entrarem em um consenso”, pontuou.
A prefeita de Várzea Grande, Lucimar Campos, ponderou que além das medidas restritivas, também é preciso que a população tenha mais consciência para que a situação não se agrave. “Não adianta o Poder Público tomar as providências se a população continuar nas ruas, andando todos juntos, aglomerados e não tomando as devidas precauções”, declarou.
Já o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, resiste ao lockdown e prometeu anunciar novas medidas na terça-feira (23), após a reunião. O objetivo é que estas ações sejam feitas de maneira organizada e unificada entre as duas prefeituras e governo.
Classificação de risco
O secretário-chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho, explicou que o Estado possui papel orientativo em relação às medidas restritivas, uma vez que já em abril o Poder Judiciário concedeu autonomia aos prefeitos para a tomada das providências que achassem mais adequadas.
Desta forma, o Governo de Mato Grosso criou um sistema de classificação de risco, que analisa a ocupação de leitos de UTIs e o avanço da contaminação nos municípios, recomendando de forma objetiva as medidas mais prudentes a serem adotadas de acordo com o grau de risco de cada cidade. No caso de Cuiabá e Várzea Grande, o risco está classificado como “muito alto”.
“Viemos contribuir para que a região metropolitana tenha um único decreto, as mesmas medidas de restrição, de horários de funcionamento das atividades, do transporte coletivo, etc, que falem a mesma língua”, afirmou.
A reunião foi agendada durante audiência no Fórum de Várzea Grande realizada nessa sexta-feira na Vara Especializada de Saúde Pública.
Com informações da Secom-MT
