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Notícias / Política

22/06/2020 às 16:32

Mesmo sendo contrário às medidas sugeridas por prefeitos, Estado não deve intervir

O Estado continua seguindo a recomendação para o lockdown nas cidades de Cuiabá e Várzea Grande, mas não deve recorrer ao Judiciário para impor o bloqueio.

Kamila Arruda

Mesmo sendo contrário às medidas sugeridas por prefeitos, Estado não deve intervir

Foto: Mayke Toscano/Secom

A decisão tomada pelas Prefeituras de Cuiabá e Várzea Grande de adotar em conjunto medidas de restrições mais rígidas não agradou ao Governo do Estado, que defende a implantação do sistema “lockdown” em ambos municípios. Apesar disso, o estado promete respeitar e não deve recorrer ao Judiciário para impor o bloqueio total. 

Os secretários de Saúde, Gilberto Figueiredo, e da Casa Civil Mauro Carvalho, participaram de uma reunião com os gestores de ambas as cidades na manhã desta segunda-feira (22).

Os integrantes do primeiro escalão estadual admitem que as medidas a serem adotadas pelos municípios são mais rígidas, mas não atendem a recomendação do Estado. Na semana passada, o governo sugeriu que 13 municípios adotassem o "lockdown". Dentre eles, está Cuiabá e Várzea Grande.

Já tivemos o lockdown?

Nenhum município de Mato Grosso passou nem perto de implantar algo parecido com o lockdown, nem mesmo Cuiabá que manteve o isolamento social por mais de dois meses. 

Isto porque o lockdown trata-se de bloqueio total, que pode ser imposto pelo Estado ou pela Justiça, em que o cidadão é restrito de andar em áreas públicas sem motivos emergenciais. Além disso, as fronteiras são fechadas e há implanta-se o toque de recolher. 

Estas medidas foram adotadas em países da Europa, como a Itália, que viu seu sistema de saúde entrar em colapso. E é justamente esta a preocupação do governo estadual. 

Classificação de risco

A sugestão foi dada por meio de um boletim emitido pela Secretaria Estadual de Saúde. Conforme o documento, os 13 municípios possuem risco “muito alto” de infecção pelo novo vírus.

A medida, entretanto, não foi acatada pelos gestores de Cuiabá e Várzea Grande, que optaram por fazer um decreto em conjunto com medidas restritivas mais duras.

“A decisão cabe ao juiz. Eles construíram um decreto único para apresentar ao Judiciário. As medidas que serão tomadas são realmente mais restritivas do que temos hoje, mas não chega nem perto do fechamento total, que é o que está no decreto do Estado”, explicou Mauro Carvalho.

Diante disso, o secretário afirma que a orientação do Estado continua sendo o bloqueio total de todas as atividades. Apesar disso, garante que a decisão dos prefeitos será respeitada.
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