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Notícias / Polícia

23/06/2020 às 07:33

Secretário de Educação de Cuiabá é alvo de operação da Polícia Civil

As ordens de busca e de bloqueio de valores foram decretadas pela 7ª Vara Criminal da capital

Leiagora

Secretário de Educação de Cuiabá é alvo de operação da Polícia Civil

Foto: Reprodução

O secretário de educação da Prefeitura de Cuiabá, Alex Vieira Passos, foi alvo da Operação Overlap, deflagrada pela Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor) e Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), na manhã desta terça-feira (23). Ele é suspeito de cometer desvio de dinheiro público e lavagem dos valores.

Conforme a Polícia Civil, ao todo são nove mandados de busca e apreensão e a determinação de afastamento cautelar do secretário, expedidos pela 7ª Vara Criminal de Cuiabá. A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul dá apoio nessa operação para cumprimento de ordem em Campo Grande.

As investigações começaram depois que a polícia teve informações de que, em 2017, o então secretário de Educação, Rafael Cotrim, teria recebido valores indevidos por meio de suas empresas. Depois foi detectado que as empresas estariam ligadas diretamente ao atual secretário no cargo, Alex Passos.

Analistas identificaram que uma empresa contratada no ano de 2017 para a reforma da creche CMEI – Joana Mont Serrat Spindola Silva, localizada no bairro CPA III, em Cuiabá, teria como real proprietário o atual secretário municipal de educação, que foi o ordenador de despesas responsável por determinar a maior parte dos pagamentos relacionados ao contrato (178/2017).

De acordo com as investigações, o contrato nº 178/2017 teria por objetivo concluir a obra iniciada por meio do contrato nº 5979/2012, porém durante as análises, de imediato, foi detectado provável duplicidade de itens licitados. Os valores chegam à monta de R$ 249.451,00 em custos executados no contrato 178/2017, que já constavam como executados no contrato 5979/2012, porém foram executados novamente de forma integral ou parcial.

Em análise das informações, se somados o valor do contrato nº 5979/2012 (R$ 1.208.321,93), com o valor pago no contrato nº178/2017 (R$1.096.248,81), chega-se ao valor total de R$ 2.304.570,74, para uma obra que tinha como custo inicial R$ 1.432.300,00, ou seja, uma diferença de R$ 872.270,74, superando em pouco mais de 60% do valor inicialmente licitado em 2012.

Os investigadores buscam, agora, localizar novos elementos que vinculem os suspeitos às empresas, bem como documentos que indiquem a prática de atos ilícitos antecedentes à lavagem de capitais, vez que restou identificado movimentação suspeita de R$ 1 milhão.

As investigações indicam o cometimento dos crimes de peculato, lavagem de dinheiro e advocacia administrativa, cujas penas somadas ultrapassam os 20 anos de reclusão.

A operação

O nome Overlap indica a sobreposição de itens licitados, pois as investigações apontaram duplicidade nas licitações identificadas, fazendo com que o município pagasse duas vezes pelo mesmo serviço.


A operação coordenada pela delegada da GCCO, Juliana Chiquito Palhares e o delegado da Deccor, Luiz Henrique Damasceno, responsáveis pelas representações das medidas, conta com a participação de nove delegados de Polícia, 40 investigadores e dez escrivães.

Ainda, contou com o apoio da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) e da Polícia Civil do Mato Grosso do Sul, por meio do Grupo Armado de Repressão a Roubos a Banco e Resgate a Assaltos (Garras).

Outro lado
Por meio de nota, a Prefeitura de Cuiabá informou que vai cumprir com a determinação de afastamento temporário do secretário de Educação, Alex Vieira Passos.
Com informações da assessoria

Atualizada às 7h55
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