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Notícias / Política

23/06/2020 às 11:56

Secretário nega fraude e diz não ser sócio de empresa beneficiada em esquema na Educação

O gestor afirma que pediu exoneração do cargo logo depois de ter o mandado de busca e apreensão cumprido em sua residência.

Kamila Arruda

Secretário nega fraude e diz não ser sócio de empresa beneficiada em esquema na Educação

Foto: Lello Nascimento

O secretário de Educação de Cuiabá, Alex Vieira, negou qualquer tipo de fraude no processo licitatório que está sendo alvo da Operação Overlap, deflagrada na manhã desta terça-feira (23) pela Polícia Civil. Apesar de a prefeitura ter informado que ele foi afastado, o gestor garantiu que foi ele quem pediu a exoneração do cargo logo depois de ter o mandado de busca e apreensão cumprido em sua casa. A decisão foi tomada para não comprometer a pasta e deixar as investigações correr mais tranquilamente.

“Eu peço exoneração para que fique tranqüilo, o prefeito fique tranquilo e também para não prejudicar o andamento da Secretaria e que tenha uma investigação mais tranquila possível. Porque de tudo que nos fizemos à frente da Secretaria, essa é uma situação que não compete a nós diretamente. Não houve qualquer forma de ingerência ou fraude no processo licitatório”, garantiu Vieira, em entrevista coletiva na manhã desta terça-feira (23). 

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O inquérito policial que deu origem a operação teve início após informações de que em 2017, o então secretário municipal de educação, Rafael Cotrim, teria recebido valores indevidos por meio de suas empresas, sendo posteriormente detectado se tratar de empresas ligadas diretamente ao atual secretário no cargo.

Analistas identificaram que uma empresa contratada no ano de 2017 para a reforma da creche Joana Mont Serrat Spindola Silva, localizada no bairro CPA III, em Cuiabá, teria como real proprietário o atual secretário municipal de educação, que foi o ordenador de despesas responsável por determinar a maior parte dos pagamentos relacionados ao contrato nº 178/2017.

O secretário afirma que essa obra passou por três gestões e foi finalizada apenas na atual administração. De acordo com ele, a primeira licitação para realização da obra foi realizada em 2012. A empresa vencedora, entretanto, não teria concluído o trabalho.

“Em 2016 foi feito outra licitação, onde essa construtora ganhou o pregão eletrônico e em 2017 começou efetivamente a obra. Eu entrei em março de 2018, quando apenas conclui a obra, pagando o que é devido à empresa e entregando hoje esse CMEI”, justificou.

O Ministério Público acredita que houve um superfaturamento de mais de R$ 800 mil no contrato. Isto porque, se somados o valor do contrato nº 5979/2012 (R$ 1.208.321,93), com o valor pago no contrato nº178/2017 (R$1.096.248,81), chega-se ao valor total de R$ 2.304.570,74, para uma obra que tinha como custo inicial R$ 1.432.300,00, ou seja, uma diferença de R$ 872.270,74, superando em pouco mais de 60% do valor inicialmente licitado em 2012.

Alex rebate as acusações. “Vale ressaltar que o que estão vinculando, em torno de R$ 2 milhões que foi pago a empresa, não procede. O valor é de 30% a 40% menor que isso. Essa obra teve três gestões para terminar, nós que terminamos e o prêmio é esse que estou recebendo”, disse.

Com relação ao fato de ele ser sócio da empresa, o secretário esclarece que nunca foi participe do empreendimento. “Sobre a construtora, fui sócio em um outro segmento, totalmente diferente dessde, de um dos sócios dessa construtora. Ou seja, um linhame pouco distenso”, finalizou.

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