A ideia principal não é essa. Enfaticamente, o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), tem defendido que é contra o fechamento das atividades na capital, ainda que sejam consideradas não essenciais. Apesar de discordar, Emanuel já se planeja para cumprir decisão judicial que determina a implantação de uma quarentena obrigatória na capital a partir desta quinta-feira (25).
A medida foi decretada pelo juiz José Leite Lindote, da Vara Especializada da Saúde Pública de Mato Grosso, com base em pedido do Ministério Público do Estado. O órgão afirma que tanto Cuiabá quanto Várzea Grande não estão adotando as ações necessárias para coibir o avanço do novo coronavírus.
“Não é justo” e “é uma violência contra Cuiabá” são algumas das afirmativas que o gestor tem repetido ao comentar sobre a decisão judicial. No entanto, Emanuel revelou que sua equipe já estuda formas de cumpri-la, caso não haja outra escolha.
Na tarde desta quarta-feira (24) a Prefeitura deve recorrer da decisão junto ao Tribunal de Justiça, conforme anunciado pela assessoria. O pedido seria para que a decisão fosse derrubada, tirando essa obrigatoriedade de fechamento das atividades. No entanto, se não for possível, Emanuel quer que a Justiça lhe dê mais tempo para analisar o despacho e colocá-lo em prática.
Estamos estudando a decisão do magistrado para não apenas recorrer dela, mas também poder cumpri-la, em caso de não lograr êxito no nosso recurso”, foi o que disse o gestor nesta quarta-feira, em entrevista na TVCA.
Depois, na rádio Nativa FM, Emanuel disse considerar curto o tempo dado pela Justiça para que os gestores adotassem as medidas. Ele também destacou que a prefeitura já tinha uma agenda, na qual constava o lançamento de novo decreto nessa semana. Depois, com a decisão, as novas determinações ficaram suspensas. “Estou dependendo da decisão judicial do recurso”, justificou.
Até a produção dessa matéria, a Prefeitura de Cuiabá ainda não havia protocolado formalmente o recurso contra a decisão judicial.
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