Jaira Gonçalves Arruda, madrasta e principal suspeita de envenenar e causar a morte da menina Mirella Poliana Chuê de Oliveira, 11, em junho do ano passado, usou o direito de permanecer em silêncio durante interrogatório realizado na tarde desta quarta-feira (24). Devido à pandemia do novo coronavírus, a audiência ocorreu por videoconferência.
O juiz Jurandir Florêncio de Castilho Júnior, titular da 14ª Vara Criminal de Cuiabá, permaneceu em seu gabinete, os advogados em seus escritórios e Jaira no presídio feminino Ana Maria do Couto May, na Capital, onde está desde setembro do ano passado.
Como não houve pedidos de diligências, foi encerrada a fase de instrução processual. Dentro de aproximadamente um mês, o magistrado deve proferir a sentença de pronúncia, dizendo se o processo vai ou não a Júri Popular.
“Os elementos de autoria e materialidade estão devidamente fundamentados, e muito bem fundamentados dentro dos autos. E a motivação também. Eu não tenho nenhuma dúvida de que ela será pronunciada, mesmo porque, na dúvida, em se tratando de matéria de delito contra a vida, dolosamente falando, a competência para dirimir qualquer dúvida é do povo e o povo é o Tribunal do Júri", explicou o advogado Luciano Augusto Neves, que representa da família de Mirella.
Ele afirma ainda não ter nenhuma dúvida de que o Poder Judiciário, assim que receber os memoriais, irá pronunciar Jaíra Gonçalves e destaca que o objetivo é conseguir justiça por Mirella.
"Vamos trabalhar com muita precaução, respeitando todos os prazos, direito da ampla defesa e do contraditório, porque o objetivo final é levar ela ao Tribunal do Júri e Justiça a ser feita pela morte brutal e cruel da menina Mirella”, finaliza.