O conselheiro afastado do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Waldir Teis, foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) nessa terça-feira (30), por tentar atrapalhar investigações da Operação Ararath.
A denúncia foi endereçada ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), para quem o MPF pediu a prorrogação do afastamento do conselheiro e a condenação pelo crime de embaraço à investigações. O órgão também pediu o pagamento de R$ 3 milhões, como indenização por danos morais coletivos.
Waldir Teis está afastado do TCE desde setembro de 2017, quando foi alvo da Operação Malebolge, 12° fase da Operação Ararath. Naquela época, outros quatro conselheiros também tiveram ordem de afastamento, depois serem acusados de receber R$ 53 milhões em propina para aprovar projetos da Copa do Mundo de 2014. Os fatos foram revelados pelo ex-governador Silval Barbosa, em seu acordo de delação premiada.
Atrapalhou operação
Nesta nova denúncia, o MPF relata que o conselheiro tentou atrapalhar a nova fase da Operação Ararath, deflagrada no dia 17 de junho contra ele e os conselheiros Sérgio Ricardo e José Carlos Novelli.
Consta que os agentes da Polícia Civil estavam cumprindo mandados de busca e apreensão em uma sala alugada por ele como escritório quando ele se aproveitou de um momento em que ficou sozinho para esconder documentos.
Segundo o MPF, seriam folhas de cheque que totalizavam mais de R$ 450 mil, e outras que estavam assinadas mas sem preenchimento do valor. Esses documentos estavam em uma segunda sala, que ainda não tinha sido analisada pelos agentes.
Waldir Teis jogou o material em uma lixeira do prédio, mas acabou flagrado e o material foi recolhido.
Foram cumpridos 19 mandados de busca e apreensão em propriedades dos conselheiros e na sede do TCE, onde a Polícia Federal esteve na Secretaria de Administração e requisitou documentos das gestões de 2012 a 2015.
Entre 2012 e 2013, presidiu a Corte de Contas o conselheiro José Carlos Novelli. Já no biênio de 2104 e 2015 foi Waldir Teis quem assumiu a presidência da Casa.
Nessa semana, foi divulgado que, no âmbito dessa operação, o STJ deferiu pedidos de afastamento de sigilo bancário e telefônico de 33 empresas e 30 pessoas físicas. Ainda, o levantamento e utilização de dados de inteligência financeira de pessoas físicas e jurídicas e o compartilhamento de dados com a Receita Federal.
(Com informações da assessoria)
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