Faleceu nessa sexta-feira (03), a escritora e servidora aposentada da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Marília Beatriz de Figueiredo Leite, aos 76 anos. As informações são de que ela estava internada em Cuiabá com o novo coronavírus (Covid-19), mas a causa da morte não foi confirmada.
Marília presidiu a Academia Mato-grossense de Letras entre 2015 e 2017 e deixa grande legado literário. “Personagem fundamental na cena artística mato-grossense e grande batalhadora pela cultura em nossa universidade”, lamentou a UFMT, em nota.
Filha do escritor e jurista Gervásio Leite e de Nilce de Figueiredo Leite, Marília Beatriz nasceu no Rio de Janeiro, em 3 de setembro de 1941.
“Autora de livros, uma das fundadoras da UFMT, mestre em comunicação e semiótica, e ocupante de uma cadeira na Academia Mato-Grossense de Letras, Marília Beatriz compartilhou seu conhecimento e ajudou a fortalecer a cultura e a educação em nosso Estado”, destacou nota da Secretaria de Estado de Cultura de Mato Grosso (Secel).
Sempre presente e atuante na UFMT, Marília foi a primeira foi professora do Departamento de Artes por mais de 20 anos, Assessora da Reitoria, Diretora do Teatro Universitário e primeira Coordenadora de Cultura da UFMT, com atuação marcante no Cineclube Coxiponés na década de 1970, em trabalho integrado com o Museu de Arte e de Cultura Popular (MACP).
Em dezembro de 2019, a instituição lançou o programa “A importância da Cultura nos 50 anos da UFMT”, com noite de autógrafos do último livro de Marília, “Corte de Vinho” (Editora Carlini & Caniato). O lançamento foi ocasião para uma série de homenagens a Marília Beatriz.
“Minha amiga pessoal, privava da intimidade da minha casa e dividia comigo a sua inteligência aguçada. Seu último ato? Ora que pergunta! Montou uma “cesta básica” com livros a serem distribuídos pela Biblioteca Estevão de Mendonça. Que perda”, escreveu o escritor e advogado Eduardo Mahon.
“Um dia de luto e muita tristeza para a cultura mato-grossense. Perdemos a professora e escritora Marília Beatriz. Nossa anja, como muitos diziam. Mais do que parceira de tantas ações, ela era uma referência que todos na Secel buscavam para legitimar ideias, aprender e celebrar”, lembrou a Secel, em nota.
“Sua última missão conosco alimentou o corpo e a alma de muitos artistas que sofrem impedidos de executar suas atividades durante a pandemia. Sempre ativista, seu apoio foi fundamental para muitos outros projetos da Secretaria e de todo o setor. Nossos sentimentos aos familiares e à toda classe artística pela lastimável perda. A você, Marília, nosso eterno agradecimento pelos ensinamentos e pela caminhada que trilhou ao nosso lado”, complementou a pasta.
Outros artistas também se manifestaram nas redes sociais.
"Que o Mestre Jesus a acolha", disse o diretor do Cine Teatro Cuiabá Flávio Ferreira.
"Não tenho palavras", lamentou o ator Ivan Belém.
"Sempre tão desperta, engajada, alegre! Sempre tão generosa. Uma grande perda para todos nós...Vá em paz, amada. Você mora eternamente em nossos corações e sua arte reverbera mundo afora!", escreveu Estela Ceregatti.
"Que dia triste, meu Deus! Querida professora Marilia Beatriz Figueiredo Leite, descanse em paz. Você deixará muitas saudades", completou a maestrina Dorit Kolling, da UFMT.
Clique aqui, entre na comunidade de WhatsApp do Leiagora e receba notícias em tempo real.
Siga-nos no Twitter e acompanhe as notícias em primeira mão.
Nós usamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossos serviços. Ao utilizar nosso site, você concorda com tal monitoramento. Para mais informações, consulte nossa Política de Privacidade.