O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) preferiu não comentar o desfecho da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), instaurada no Parlamento Municipal em seu desfavor. O emedebista alega que não cabe a ele interferir nos trabalhos do Legislativo, uma vez que trata-se de um poder independente.
O emedebista está sendo investigado por suposto recebimento de propina, à época que respondia como deputado estadual, e ainda obstrução de justiça. Os trabalhos da Comissão foram finalizados na manhã desta sexta-feira (10), após quase três anos. O relator do processo, vereador Toninho de Souza (PSDB), foi voto vencido e acabou com relatório arquivado.
No entendimento do parlamentar tucano, não cabe a Casa de Leis investigar os fatos, uma vez que eles foram cometidos antes de o emedebista ter sido eleito prefeito da Capital.
O seu posicionamento, entretanto, não agradou ao vereador Sargento Joelson (SD), membro da CPI, que apresentou um parecer paralelo sugerindo o afastamento de Pinheiro da Prefeitura por 120 dias e ainda a abertura de uma Comissão Processante para apurar crimes políticos-administrativos cometidos pelo chefe do Executivo Municipal.
O vereador Marcelo Bussiki (DEM), presidente da Comissão, acompanhou na integra o voto de Joelson, e ainda sugeriu a inclusão do crime de improbidade administrativa no relatório. Para o democrata, Pinheiro assinou a culpa ao não apresentar defesa no âmbito da CPI. “Quem cala consente”, disse.
Diante disso, será formulado um decreto legislativo com o desfecho dos trabalhos da CPI, o qual será encaminhado à presidência do Parlamento Municipal, que deverá remeter ao crivo do plenário.
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