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25/07/2020 às 11:49

Após seis dias de internação, Cacique Raoni recebe alta hospitalar

Boletim médico desse sábado (25) constatou cura da Covid-19 e da infecção intestinal

Leiagora

Após seis dias de internação, Cacique Raoni recebe alta hospitalar

Foto: Assessoria

Após seis dias internado no Hospital Dois Pinheiros, em Sinop-MT, o cacique Raoni teve alta hospitalar nesta manhã. Ele esteve sob cuidado da equipe composta pelos médicos Dr. Douglas Yanai e Dra. Fernanda Quinelato. Agora, o líder indígena retorna para o Xingu na tarde deste sábado (25).

O boletim médico de hoje indicou quadro clínico de cura da infecção intestinal, sem indicativos de febre, diarreia e novo teste de Covid-19 negativado, recebendo assim alta hospitalar em bom estado geral. 

Segundo o médico Dr. Douglas Yanai, o cacique retorna para sua aldeia com tratamento para prevenção de embolia pulmonar, orientação de antibióticos por via oral e orientação nutricional de dieta hipercalórica e hiperprotéica, além do uso de protetor gástrico. 

"Manteremos contato com a equipe de saúde indígena que fica na aldeia para podermos acompanhar e continuar orientação para a recuperação plena dele", explicou o médico.

Relembre o caso 

O líder do povo Kayapó, Raoni Metuktire, de 89 anos em registro, deu entrada no Hospital Dois Pinheiros, na cidade de Sinop, Norte de Mato Grosso, região Centro-Oeste do país e localizada a 200 km do Parque Nacional do Xingu, no sábado passado, dia 18 de julho, vindo da cidade de Colíder-MT, onde recebeu os primeiros atendimentos em outro serviço hospitalar. 

Ele foi admitido com pressão baixa, anemia, desidratação e sangramento evidenciado nas fezes, passando por uma transfusão de sangue para controlar o quadro de hemorragia digestiva. Exames de endoscopia, colonoscopia e laboratoriais indicaram no decorrer da semana úlceras gástricas, intestinais, infecção intestinal e inflamação no cólon, que foram tratadas com antibióticos e protetor gástrico.

Raoni também passou por exames de rotina com uma equipe de cardiologia e pneumologia, onde foram detectadas fibrilação atrial crônica e enfisema de longa data, mas sem relação com as infecções e as úlceras. Foi iniciada medicação para diminuir o risco de trombose que pode acontecer por causa da fibrilação atrial.

Há menos de um mês o líder indígena perdeu a esposa, que morreu por problemas de saúde. Ele estava de luto. A família acompanhou o indígena, que é conhecido mundialmente pela luta em defesa dos povos da Reserva Nacional do Xingu, durante toda a internação. 
 
Assessoria
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