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Notícias / Agro e Economia

28/07/2020 às 18:08

Agricultor: do pau-brasil ao topo da produção agrícola do mundo

Muita coisa mudou, menos a paixão por produzir e a vontade de trabalhar

Edyeverson Hilario

Agricultor: do pau-brasil ao topo da produção agrícola do mundo

Foto: Agência Brasil

Nessa terça-feira (28) de julho, é comemorado o Dia do Agricultor. A data foi estabelecida por Juscelino Kubistchek, em 1960, quando presidia o país. Naquele ano, o Ministério da Agricultura comemorava um século de existência e o setor pouco se parecia com o que vemos hoje. Talvez as principais semelhanças, mantidas até os dias atuais, são a paixão por produzir e a vontade de trabalhar.

No período, a produção agrícola não era tão significativa como nos dias atuais, e o engajamento no mercado internacional nem de longe se parece com o da atualidade. Mas, graças ao investimento em pesquisas e tecnologias, os produtores rurais mudaram a realidade da produção agrícola e do país.

É importante lembrar que na colonização brasileira o trabalho no campo consistia, principalmente, na exploração do pau-brasil e passava pelos engenhos de cana-de-açúcar, até chegar ao café. Fatos que fazem parte da história do país e que podem ser rememoradas na Biblioteca Nacional da Agricultura, em Brasília.

A soma do desenvolvimento de técnicas de plantio, com melhorias em equipamentos, avanços tecnológicos das máquinas, aliados ao conhecimento científico, que por sua vez resultou em insumos mais eficientes, aumentou a produção do país e hoje, fazem parte da rotina do agricultor.

Avanços que o produtor rural, Bruno Franciosi, acompanhou de perto durante seus 34 anos de vida. Quarta geração de agricultores, Franciosi conta que seu bisavô vendeu tudo o que tinha na Itália e veio para o Brasil construir a vida no sul do país. A paixão pelo campo foi passada de geração em geração e ganhou um novo capítulo, quando seu avô decidiu vir para Mato Grosso.

Com propriedade em Tangará da Serra, Bruno relata que apesar de ter crescido nesse ambiente, as pressões causadas pela falta de chuva ou ela em excesso, falta de sol, custo de produção, problemas comuns na vida do homem do campo ainda o preocupa. “O produtor rural sempre está à mercê do clima e do preço de quem come paga”, observa.

Apesar dos problemas e pressões diárias, ele conta que não abre mão do que faz. Ele acompanhou de perto as mudanças do setor com o aumento de tecnologias no campo. E em sua avaliação “melhorou muito e agora exige mão de obra mais qualificada”.

“Hoje o trabalho no campo exige conhecimento de informática, adubação, química do solo, eletrônica, mecânica. Hoje você não consegue achar o problema de uma máquina sem usar um computador para descobrir onde está o problema. Estamos dependente da informatização, fazemos plantio georreferenciado”.
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