Em decisão unânime, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) negou o pedido feito pelo deputado estadual Silvio Fávero para se desfiliar do Partido Social Liberal sem justa causa. O julgamento da ação ocorreu em sessão virtual realizada na manhã desta terça-feira (4). Em entrevista ao Leiagora, Fávero diz que não irá recorrer da decisão.
“Tentei, fiz a minha parte. Continuo com o presidente (Bolsonaro) e acabou. O partido não me liberou. Pedi para sair, não deixaram. Entrei com ação, a Justiça negou. Eu só queria sair porque é um partido que fica falando mal do presidente toda hora e é difícil você estar no partido do presidente e não poder se manifestar. Eu sou obrigado a ficar quieto para não me complicar. Tem vários recursos que posso usar, mas vou esperar, estou tranquilo. ”, comenta.
Fávaro deixou a vice-presidência do diretório estadual do PSL em fevereiro deste ano. Já vinha sofrendo um desgaste interno há algum tempo. Um dos motivos é seu projeto de seguir o presidente da República Jair Bolsonaro, que está criando o partido “Aliança Pelo Brasil”, que acabou sofrendo atraso por conta da pandemia do novo coronavírus.
O parlamentar crê que para este ano é praticamente impossível a criação da nova sigla se consolidar. Com um novo partido, Fávero não precisaria aguardar a janela partidária para deixar o PSL sem correr risco de incorrer em infidelidade partidária, o que acabaria levando-o a perder o cargo de deputado estadual.
Na ação proposta junto ao TRE pedindo para sair do PSL, Fávero argumenta que vem sofrendo “atos discriminatórios graves" por parte da sigla, bem como, pela mudança substancial do programa partidário.
Pontua que na condição de “seguidor e defensor ferrenho do grupo Bolsonarista” (...) “vem sendo acometido por grave e injusta discriminação política da agremiação, dentre elas ocorrendo clara preterição”, tendo sido “exonerado da Direção Estadual, da função de Vice- Presidente e, por fim, recentemente destituído da Presidência Municipal do PSL de Lucas do Rio Verde, município este que é seu domicilio eleitoral, e onde tem seu reduto político obtendo mais da metade dos seus votos que o elegeu para este mandato”.
No entanto, os argumentos não foram suficientes para convencer a Corte Eleitoral, e agora ele tem que aguardar a janela partidária ou a criação do novo partido para deixar o PSL. Vale lembrar que Bolsonaro foi eleito pela legenda, mas devido o racha entre os grupos ligados ao presidente e a Luciano Bivar, acabou ficando enfraquecido e perdeu várias lideranças nacionais, dentre elas, os filhos do próprio presidente da República.
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