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Notícias / Polícia

06/08/2020 às 20:04

Mãe nega discussão entre filha e Isabele e afirma que arma estava sem munição

Gaby Cestari disse ainda que não sabia que o genro levaria as armas e garantiu que somente as duas adolescentes estavam no andar de cima da casa

Alline Marques

Mãe nega discussão entre filha e Isabele e afirma que arma estava sem munição

Foto: Reprodução / Facebook

A mãe da adolescente que teria matado a amiga Isabele Guimarães Ramos no dia de 12 de julho, Gaby Cestari, relatou à polícia que não havia mais ninguém no andar de cima da casa além da vítima e a filha, suposta autora do disparo, e negou que tivesse ocorrido qualquer discussão entre elas. Além disso, ela garantiu que a arma levada pelo genro não tinha munição na câmara, pois ela e o marido, o empresário Marcelo Cestari, testaram, tendo inclusive feito um disparo teste. 

Gaby conta que a última pessoa que viu com a arma foi o namorado de sua fila, dono da pistola, mas não sabe informar se foi o adolescente quem guardou no case. Ela garantiu que ninguém sabia que o menor levaria a arma e não ouviu nenhuma conversa sobre a compra das armas levadas por ele. 

Já sobre depois do disparo, ela garante que a primeira pessoa a chegar na casa foi a mãe de Isabele, Patricia Helen Guimarães. E ainda disse em depoimento que pediu para que as duas filhas gêmeas fossem para a casa de um vizinho, namorado de uma das adolescentes, que também estava na residência no momento do fato. 

Ela relatou chegaram várias pessoas na casa, mas não sabe informar como ficaram sabendo do caso, porém, garante que elas não tiveram acesso ao quarto onde estava o corpo de Isabele, porque a polícia não permitiu. 

Sobre o relacionamento com o adolescente dono da arma, Gaby contou que conheceu a do jovem no ano passado por meio do marido, pois a família dele era praticante de tiro. No fim do ano a filha, então, começou a namorar com o adolescente, período em que ele começou a frequentar mais a casa da família. Naquele dia, eles passaram a tarde na residência e por volta das 21h serviu a janta. Estavam na casa a família, composta pelo casal e mais quatro filhos, além dos dois namorados das adolescentes e Isabele. 

Por volta das 22h, o namorado dono das armas foi embora. Gaby disse que viu ele receber uma chamada, mas não viu ele deixando as armas, apenas o ouviu dizer que o irmão, que iria buscá-lo, tinha imã para blitz. "Se pediu foi diretamente com Marcelo; que, na sequência, estava na cozinha e ouviu Marcelo falar a seguinte frase: 'alguém pega a arma e sobe'. Que não se recorda se XXX tinha ido embora, que após pouco tempo, não se recorda quanto tempo, mas que foi rápido, a declarante ouviu um barulho alto; que inicialmente a declarante pensou que fosse a porta do guarda-roupa das meninas que tinha caído, pois a mesma estava solta". 

Logo após o barulho, ela seguiu para a sala, quis saber o que ocorreu, mas ninguém soube responder. Estavam no local, o marido os três filhos e o namorado da outra filha, vizinho da residência. Ela percebeu então, que a adolescente não estava e gritou pela filha. Foi então que ouviu gritos na parte superior da casa. 

"Que todos que estavam na sala subiram em direção ao quarto, mas a declarante não teve coragem de entrar no quarto, permanecendo no corredor de acesso ao quarto, que os demais entraram no quarto da XXX, que não viu onde estava a arma, que XXX estava na porta de seu quarto desesperada, que XXX gritava "Bel", "Bel", "Bel", que obteve a informação de XXX que foi um tiro". 

Gaby relatou que em nenhum momento teve coragem de entrar no quarto para ver o corpo. Entre os gritos, ela ouviu alguém pedindo para chamar a mãe de Isabele, foi quando ela pegou o carro e seguiu para casa de Patricia. "A declarante informou que tinha acontecido um acidente com a filha dela e a mesma entrou no veículo da declarante do jeito que estava vestida, que voltaram para a casa da declarante e Patricia foi para o quarto de XXX, onde tinha acontecido o acidente; que a declarante não entrou no quarto, que lá dentro não sabe o que aconteceu quando Patricia chegou, pois a declarante permaneceu na sala, pois não queria ir para o quarto de XXX", relatou. 

Lembrou então de um vizinho que era médico e poderia auxiliar, ela chamou então as duas filhas gêmeas para irem juntas, quando Patricia gritou que estava sem celular e pediu que a levassem até em casa para buscar. No caminho pararam na casa do médico, onde as duas adolescentes desceram, e levou Patricia até sua casa, mas não a esperou. Retornou para pegar o médico e as filhas. 

O médico foi acompanhado de uma amiga para a residência dela e subiu para o quarto, onde atestou a morte. Ao descer relatou à Gaby que Isabele já havia falecido. A mãe de Isabele retornou e em algum momento pediu para chamar a polícia. Ela confirmou várias pessoas começaram a chegar na porta da sua residência e logo depois a polícia apareceu e não deixou mais ninguém subir para a parte de cima. 

"Começou a juntar muita gente, pediu para XXX levar as meninas para a casa dele, que posteriormente soube que as meninas trocaram de roupa na casa de XXX, que na sequência pediram para as meninas serem chamadas, pois teriam que explicar o que tinha acontecido. A declarante às buscou na residência de XXX e as levou para casa, onde conversaram com o delegado".

Ela garantiu que não houve qualquer discussão entre a filha e Isabele. Gaby também garantiu que não havia mais ninguém na parte de cima da casa além das duas jovens, já que os demais estavam na parte inferior.  A mãe da adolescente relatou que chegaram amigos e conhecidos da família, mas não sabe como tomaram conhecimento dos fatos. Porém, garantiu que ninguém entrou no quarto, pois a polícia não permitiu. 

Ela ficou sabendo do ocorrido apenas somente depois pela filha. A jovem contou que pegou o case com as armas e quando foi guardar viu Isabele entrar no quarto dela, indo atrás da amiga com o case na mão. De acordo com a filha, ao ao bater na porta que estava fechada, o case caiu no chão. O estojo teria caído aberto e a adolescente abaixou para pegar com uma mão, tendo desequilibrado o case, momento que ocorreu o disparo. 

"XXX disse que não notou se puxou o gatilho, que quando manuseou a arma, no momento que XXX chegou na casa, conforme dito anteriormente, puxou o gatilho e pode afirmar que era bem leve, que indagada à declarante sobre como haveria uma munição na Câmara da arma de fogo, a declarante afirma não saber, que quando a declarante pegou a arma na mão, no momento em que XXX chegou na casa a arma estava com a parte de cima da arma fechada; que lembra bem que Macelo, ao manusear a arma chegou a manobrar a parte de cima da arma e efetuou um disparo teste, confirmando não haver munição na Câmara. 

Ao final do depoimento, ela respondeu que informou a filha velha sobre tiro acidental, mas não teria informado ao marido sobre o fato, pois ele estava na parte de cima da casa. 
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