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Notícias / Política

08/08/2020 às 14:20

Olavistas perdem cargos no governo, financiamentos e visibilidade na rede

Engajamento em postagens de perfis bolsonaristas nas redes sociais cai até 40% em um momento que influenciadores enfrentam cerco

Leiagora

Olavistas perdem cargos no governo, financiamentos e visibilidade na rede

Olavo de Carvalho

Foto: Reprodução / Twitter

Quando o governo Bolsonaro agia como se não precisasse fazer política, no começo de 2019, o escritor Olavo de Carvalho tinha lugar ao lado do presidente em jantares de gala. Um ano e meio depois, o guru da franja mais extremista do bolsonarismo deixa recados em tom de ameaça nas redes sociais do chefe do Executivo, mas sequer recebe respostas.

“Estou gostando de ver, senhor presidente, como as suas malditas Forças Armadas garantem a minha liberdade”, comentou Carvalho em uma postagem de Bolsonaro numa solenidade militar na última quinta (6/8).

A liberdade pela qual o Olavo, que mora nos Estados Unidos, clama é a econômica e a de expressão, que ele afirma terem sido tiradas quando a plataforma de pagamentos online Paypal bloqueou sua conta, na última semana. Olavo vende livros e cursos on-line de “filosofia” e recebia por meio da plataforma.

Seguidores do guru, como o influenciador Bernardo Kuster, que é articulista no jornal olavista Brasil sem Medo, também estão vendo plataformas como YouTube e Vakinha bloquearem suas iniciativas de monetização de conteúdo.

Para discípulos, como a extremista Sara “Winter” Giromini, Olavo de Carvalho pede que Bolsonaro interceda pela liberdade de ir e vir. Ela passou 10 dias presa por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e, desde junho, está em casa, mas cumprindo uma série de restrições e usando tornozeleira eletrônica. Para Olavo, trata-se de uma presa política. Bolsonaro e seus filhos sequer citaram o seu nome desde que ela foi presa.

O bloqueio de 16 contas no Twitter de blogueiros, jornalistas e políticos que apoiam Bolsonaro, no final de julho, também não contou com a resposta adequada do presidente, na opinião dos olavistas. Mesmo Bolsonaro tendo assinado um pedido contra a decisão, que tramita no STF e tem o ministro Edson Fachin como relator.

A falta de interesse que o presidente da República parece ter para com os olavistas, agora que fechou apoio político com o Centrão, está contaminando cada vez mais os bolsonaristas mais radicais.

Uma análise do (M)Dados, núcleo de análise de grande volume de informações do Metrópoles, em perfis bolsonaristas no Twitter que não estão entre os que foram bloqueados pelo STF mostra que o interesse por suas postagens está em queda.

 
Metrópoles
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