Faltando um dia para completar um mês da morte de Isabele Guimarães Ramos, 14 anos, a Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) entregou dois laudos de exames periciais realizados na residência onde a adolescente morreu, no dia 12 de julho.
Conforme apurado pelo Leiagora, os resultados dos exames de balística e do local do crime foram entregues na manhã desta terça-feira (11) ao delegado Wagner Bassi. Ele é responsável pelo inquérito investigado na Delegacia Especializada do Adolescente – DEA.
No exame de balística foram analisados o confronto balístico entre as armas, o estojo e o projétil, a eficiência das armas e a distância do tiro. Já o exame de local de crime foi feito com uso do produto reagente Luminol, usado para identificar a presença de sangue no ambiente. Os resultados não foram divulgados.
As autoridades que investigam o caso também solicitaram exames de áudio e vídeo e de computação forense, mas não há informação se os laudos também foram concluídos.
Uma reconstituição do crime ainda é aguardada para esta semana, mas, segundo a defesa da família de Isabele, não há uma data confirmada.
Entenda o caso
Isabele Guimarães Ramos, de 14 anos, morreu na noite do dia 12 de julho, quando estava na casa de sua amiga, no condomínio de luxo Alphaville I, em Cuiabá.
Segundo a Polícia Civil, ela foi atingida por um tiro na cabeça, que teria entrado por suas narinas e saído pela nuca. A autora do disparo seria a melhor amiga e moradora da casa. O caso ainda é tratado como homicídio culposo (quando não há a intenção de matar).
As investigações, conduzidas por duas equipes da Polícia Civil, ainda tentam elucidar o que aconteceu na noite do crime.
Sabe-se que na casa da família Cestari, onde a morte da adolescente aconteceu, foram encontradas sete armas, sendo duas sem registro. Segundo a polícia, os membros da casa eram praticantes de tiro esportivo e as armas eram todas modificadas. Em razão da falta de documentação, porém, o pai da família, o empresário Marcelo Cestari, foi preso por posse irregular de arma de fogo. Contudo, ele pagou uma fiança de R$ 1 mil e foi liberado na mesma noite.
Além da fiança, também se soma ao quebra-cabeça as inconsistências na noite do crime. Até o momento, mais de 20 pessoas foram ouvidas pela Polícia Civil. Para a defesa da família de Isabele, houve falha na condução do caso.
Nós usamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossos serviços. Ao utilizar nosso site, você concorda com tal monitoramento. Para mais informações, consulte nossa Política de Privacidade.