O Democratas (DEM) não consegue chegar a um consenso com relação à eleição suplementar ao Senado Federal. Dividido entre três candidatos, a legenda deve ir para o embate na convenção partidária que deve ser realizada no início do próximo mês.
Enquanto os irmão Jayme e Julio Campos e o deputado estadual Dilmar Dal’Bosco já declararam apoio à candidatura do ex-deputado federal Nilson Leitão (PSDB) ao Senado, as demais lideranças da legenda estão dividas entre apoiar o vice-governador Otaviano Pivetta (PDT) e o senador interino Carlos Fávaro (PSD).
De acordo com Julio Campos, anunciado como primeiro suplente da chapa encabeçada pelo pré-candidato tucano na tarde dessa segunda-feira (17), o grupo liderado pelo governador Mauro Mendes (DEM) pretende apoiar a candidatura de Fávaro.
Já o presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Eduardo Botelho (DEM), defende o nome de Fávaro para a disputa que ocorre em 15 de novembro deste ano. “O nome partido já diz tudo. É partido, são várias alas que compõe um partido”, disse.
Diante disso, o cacique democrata defende que os correligionários sejam liberados para apoiar o candidato que lhe for conveniente. Como argumento, Julio lembra que, no início do ano, quando o pleito estava marcado para ocorrer em abril e ele foi oficializado candidato a senador, o governador havia pedido liberação para não participar da campanha, já que existiam três candidatos do grupo.
“O governador pediu a liberdade, tanto é que nem participaram da convenção. Então, o correto seria liberar os seus filiados”, cutucou.
Apesar disso, Julio garante que mais de 2/3 do Democratas irão acompanhá-lo nesta aliança com o PSDB. Ele afirma que, definiu por apoiar a candidatura tucana, por ter sido o único a ofertar espaço para o DEM na chapa.
“O senador Fávaro pediu nosso apoio, mas disse que tinha dificuldades em dar espaço para o DEM devido aos seus compromissos já firmados. O vice-governador Pivetta não nos procurou para conversar. Então definimos pelo PSDB que reconheceu a nossa força e nos ofereceu a primeira suplência”, finalizou.
Júlio vinha lideranças as pesquisas, mas recuou da campanha por questões de saúde. O ex-deputado está no grupo do coronavírus.